Touro Nelore CEIP, Lítio AJ, fez história dentro do mercado de genética bovina, sendo mais um divisor de águas produzido pela Jacarezinho
A pecuária perde um divisor de águas do Nelore produtivo. Chega ao fim a brilhante trajetória do touro Nelore CEIP Lítio AJ, reprodutor fez história dentro do mercado de genética bovina brasileira, sendo um divisor de águas do Nelore Produtivo produzido pela Agropecuária Jacarezinho. A empresa, uma das maiores vendedoras da touros Nelore do Brasil, anunciou o falecimento do reprodutor na data de hoje (30/08) através de suas redes sociais.
“Comunicamos que na data de ontem faleceu o Touro Nelore CEIP Litio AJ, que fez uma brilhante história dentro do mercado de melhoramento genético. Espetáculo de carcaça e precocidade fora da curva que entregava a suas progênies.” – diz parte do comunicado.
O animal havia sido aposentado em novembro de 2020 e estava provavelmente alojado na Fazenda Nova Terra da Agropecuária Jacarezinho que fica nos municípios de Cotegipe e Wanderley (BA). O animal que já possuía cerca de 17 anos descansava depois de prestar um ótimo serviço à pecuária de corte brasileira.
Litio foi o primeiro touro CEIP a receber o troféu Palheta de Ouro da CRV Lagoa, com 261 mil doses de sêmen produzidas e comercializadas, com mais de 20 mil filhos avaliados desmama. Tricampeão do Sumário Aliança, destaque em todos os sumários avaliativos.
- Inclusive na eleição que a Compre Rural elegeu os TOP 15 melhores touros Nelore dos últimos tempos o Lítio AJ figura nossa lista.
Litío AJ fez parte de uma geração que chamaram de Nelore Produtivo, chancelados com o CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção). Certificação criada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que garante que o animal que o recebe terá progênie com desempenho produtivo muito superior à média de seu rebanho de origem.
Lítio nasceu filho de touro de repasse, então apresentava em seu pedigree a sigla RM (Reprodutor Múltiplo), mal sabia ele que seu destino iria mudar completamente e seu destino de sucesso já estava traçado mesmo antes do seu nascimento. Touro mesmo predestinado, além do nome que recebeu, teve sua paternidade identificada via genômica, e seu pedigree foi corrigido, deixou de ser RM e assumiu a paternidade o touro Macambira AJ, linhagem do Genético do IZ.
Maior vendedora de touros do Brasil
Ranking mostra que a propriedade atingiu a primeira colocação com a venda de 2.514 reprodutores em 2021. A Agropecuária Jacarezinho está presente no Mato Grosso do Sul, com as fazendas Novo Horizonte (Coxim) e São Sebastião (Corumbá); no Mato Grosso, fica a São Marcelo (com unidades em Juruena e Tangará da Serra) e a Bahia abriga a Nova Terra, no município de Wanderley e Cotegipe. A base do plantel é formada por mais de 40 mil fêmeas selecionadas e também projeta a produção de 15 mil embriões.
Conforme relata Lucas Motta, gerente comercial, a Agropecuária Jacarezinho tem metas pautadas na crescente demanda dos pecuaristas. “Estamos planejando, a cada ano, aumentar em 20% o volume produzido, sempre investindo em melhorias nas fazendas e na genética envolvida nos acasalamentos”, divulga.
Talvez a explicação desta evolução esteja na forte pressão de seleção exercida no plantel; apenas os 20 a 30% melhores machos de cada safra são comercializados como reprodutores, rendendo a eles um reconhecimento especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com a concessão do Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP).
Concomitante ao descarte de animais inaptos à reprodução, todo o plantel é submetido a um respeitado programa de melhoramento, dirigido pela CIA de Melhoramento, responsável pela avaliação genética da Agropecuária Jacarezinho nos três estados.
O objetivo é produzir touros férteis, funcionais, precoces sexualmente, com ótimo ganho em peso e qualidade de carcaça, gerando o retorno econômico desejado por pecuaristas e confinadores interessados em bonificações por qualidade de carne nos frigoríficos.
E ainda traz consigo o trunfo de estar presente em três biomas diferentes: Amazônia, no Mato Grosso; Pantanal, no Mato Grosso do Sul; e o Cerrado, no Oeste Baiano, onde chove 700mm/ano, em média. Como resultado, vieram a consagração no TOP 100 e a presença de dezenas de touros com marca “AJ” nas principais centrais de inseminação artificial do Brasil.
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