Lançamento sobre a agropecuária nacional destaca a atuação dos 200 engenheiros agrônomos formados pela Esalq em 1967
Muitas transformações ocorreram na agricultura e na pecuária do Brasil nos últimos 50 anos. Da figura do Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, ao profissional que alimenta as cidades e sustenta a balança comercial do País, tudo no agro mudou.
Parte dessa história de mudança foi protagonizada pelos 200 engenheiros agrônomos formados em 1967 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba. Neste ano, para comemorar meio século de formatura, eles lançam o livro 50 anos: Da agricultura tradicional ao agronegócio – Legado dos engenheiros agrônomos Esalq/USP 1967.
A obra, que tem prefácio do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso, traz aspectos históricos políticos, socioeconômicos e da Esalq.
Com gráficos, textos e imagens, é possível acompanhar como os diversos setores rurais cresceram no período. “Queremos deixar um legado, uma obra de relevância, que possa ser instrumento de estudos, inclusive para os futuros profissionais e produtores”, destaca o engenheiro agrônomo Amauri Dimarzio, coordenador da comissão organizadora do livro.
A publicação mostra também a trajetória profissional desses engenheiros agrônomos, relatada através de minibiografias, além de abordar uma visão de futuro com análise de José Luiz Tejon, escritor e coordenador acadêmico de pós-graduação e coordenador do núcleo de agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM/SP, e Antonio Roque Dechen, professor da Esalq e presidente da Fundação Agrisus.
O lançamento oficial do livro ocorreu no dia 14 de outubro, durante o encerramento da tradicional Semana Luiz de Queiroz.
O engenheiro agrônomo Ondino Cleante Bataglia, também da comissão organizadora, aponta que o livro engloba muitas áreas, como pesquisa e ensino rural, agroindústria, extensão rural, entre outras. Na parte das estatísticas, diversas instituições públicas e privadas que atuam no setor colaboraram com a obra, bem como o professor Carlos Bacha e equipe, da Economia da Esalq.
A organização da obra é assinada pela jornalista Marlene Simarelli, especialista em conteúdo sobre agricultura e meio ambiente.
Assinam os capítulos, além da própria jornalista, os integrantes da turma Adilson Dias Paschoal, Amauri Dimarzio, Moacir José Costa P. de Almeida, João Domingos Vieira, Ondino Cleante Bataglia e o também jornalista Jeferson Batista. O livro começou a ser planejado em 2012 e elaborado a partir de fevereiro de 2013, com a realização de mais de 200 entrevistas.
O perfil dos engenheiros agrônomos da “F67”
Inovação e pioneirismo são as principais características dos engenheiros agrônomos da turma da Esalq formada em 1967. “É um grupo de profissionais que deixou marcas relevantes para a transformação do agro, no Estado de São Paulo e no País”, observa a jornalista, que é diretora de uma agência de produção de conteúdo para o agro.
No legado desses profissionais destacam-se: o desenvolvimento do ovo em pó, a introdução de novas e importantes cultivares de frutas que impactaram o setor, novas indicações de manejo e nutrição vegetal e animal, o início do zoneamento agrícola, a introdução de novas disciplinas no ensino da agronomia (entre elas, a hidrologia), a introdução de estatísticas e índices inovadores em pecuária, avicultura, pesquisa etc.
Há também o desenvolvimento do Estado de Rondônia, com a fundação de 42 municípios dos 52 existentes; a participação no desenvolvimento de novos cursos, novas faculdades e da primeira máquina para colheita de café, a modernização da agroindústria de laticínios com a colocação no mercado de iogurtes e sobremesas lácteas, a abertura de novas fronteiras agrícolas, entre tantas outras inovações e pioneirismos.
Fonte: Da ArtCom Assessoria – Jornal da USP