Em recente fala, Guedes disse – “A agronegócio é a onda de todas as ondas”; para isso governo precisa estudar medidas emergenciais e estruturantes
Ministro Guedes apontou as 4 ondas do seu plano de recuperação econômica: o saneamento, onda 1; a concessão partilhada de petróleo e gás, onda 2; o setor elétrico, onda 3 e logística e infraestrutura, onda 4. Ao falar sobre o sucesso do Brasil no primeiro quadrimestre, exportamos 17,5% a mais que o mesmo período do ano passado. Esse sucesso devemos ao agronegócio. Empresários do agro pediram ao governo respeito no trato com a China, nosso maior cliente e que poderemos ter competição ferrenha no agro com os Estados Unidos, provavelmente no acordo que tem chances de ser implementado entre os dois países.
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Além desse posicionamento pró-China é necessário que se estude medidas de ajuda ao agronegócio. A CNA, as Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados e as entidades do Conselho do Agro apresentaram ao governo um plano com uma série de ações emergenciais e estruturantes para alavancar o setor agropecuário e minimizar os efeitos da pandemia do coronavírus na economia.
O encontro por videoconferência foi coordenado pelo presidente da CNA, João Martins, e contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira, do presidente do Instituto Pensar Agro, Alexandre Schenkel, de presidentes das Federações estaduais e das entidades do Conselho do Agro, entre outros.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou o documento “Agro: opção de alavancagem da economia brasileira” que faz um diagnóstico da situação atual mostrando queda na renda devido à crise do Covid-19 e ao clima em algumas regiões, alta dos custos de produção, falta de liquidez e dificuldade de acesso ao crédito.
O documento traz as resoluções publicadas pelo Banco Central para prorrogar financiamentos e reduzir a burocracia e diz que determinados bancos não estão cumprindo normas para prorrogar dívidas dos produtores, que é preciso dar efetividade às resoluções 4.801 e 4.802, facilitar acesso ao crédito, auxiliar os setores que estão em situação mais crítica, entre outras medidas.
Na agenda estruturante, o documento traz quatro pontos principais: 1. redução da taxa de juros do crédito rural; 2. desburocratizar e reduzir os “custos de observância”; 3. aumentar o funding de financiamento para a agropecuária e 4. crédito e seguro rural.
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Sobre credito e seguro rural, Bruno Lucchi expôs aos representantes do governo a necessidade de combater de forma rigorosa a venda casada e defendeu maior volume de recursos para a subvenção ao seguro, assim como a previsibilidade na execução orçamentária dos recursos para os instrumentos de gestão de riscos.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou um panorama econômico dos países emergentes neste período de pandemia e falou sobre medidas tomadas pelo governo para ajudar a economia em tempos de crise. Campos Neto reconheceu a importância do agro para a economia e disse que algumas propostas apresentadas estão em estudo no governo. Ele ressaltou ainda a importância do credito, de forma geral, chegar a quem precisa.
Já o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, falou sobre a situação fiscal do Brasil na atualidade e relatou os esforços do governo para minimizar os riscos da pandemia para os setores da economia.
Tereza Cristina, uma das idealizadoras da reunião, destacou a importância do diálogo entre setor produtivo e o governo, e entre a equipe econômica, o Ministério da Agricultura e as entidades para valorizar o setor.
O presidente da CNA, João Martins, defendeu a modernização do sistema bancário, com mais avanços tecnológicos, menos burocracia para o produtor, e a redução das taxas de juros para o setor agropecuário acompanhando o comportamento da taxa Selic, atualmente em 3%, com projeções para chegar a 2,5% no fim do ano.
No encontro por videoconferência, os presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estado e das entidades do Conselho do Agro relataram as dificuldades vividas pelos produtores neste período de pandemia.
É necessário socorrer quem nos tirará da crise econômica.