Agricultura familiar é tão competitiva quanto a agricultura empresarial no Brasil

Afirmação é do ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, feita neste fim de semana durante a 1ª Festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico da Reforma Agrária Popular do Paraná.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, no último sábado (25), da 1ª Festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico da Reforma Agrária Popular do Paraná. Fávaro conheceu a lavoura da soja convencional, como também é chamada a semente não transgênica, que ocupa cerca de 200 hectares nas comunidades Fidel Castro e Maria Lara, de Centenário do Sul, no Norte do Estado.

“A agricultura familiar é tão competitiva quanto a agricultura empresarial. A diferença é que ela precisa mais da mão amiga do Estado, por isso o papel do governo federal é viabilizar isso através de financiamento e pesquisa para que nós possamos incentivar esse nicho de mercado que é muito importante para a agricultura familiar”, declarou Fávaro.

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro: “Não existem duas agriculturas, todos os homens e as mulheres que têm vocação para produzir devem ter o direito de ter um pedaço de terra, independente do tamanho da propriedade.” – Foto: Guilherme Martimon

O ministro da Agricultura e Pecuária ainda defendeu sua convicção de que a agricultura realizada por médios e grandes produtores é indivisível da agricultura dos pequenos produtores e da agricultura familiar. “Não existem duas agriculturas, todos os homens e as mulheres que têm vocação para produzir devem ter o direito de ter um pedaço de terra, independente do tamanho da propriedade. Não vamos deixar de fazer a política pública juntos. É impossível, por exemplo, o serviço de defesa que é tão necessário para a certificação dos produtos não estar no Ministério da Agricultura ou mesmo o Plano Safra”, declarou no evento que também contou com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Integrante do Setor Nacional de Produção do MST e assentado na comunidade Maria Lara, Diego Moreira explicou que o Movimento tem avançado na organização de cadeias de produção, e agora expande também para a soja livre de transgênicos. “A intenção é organizar a cadeia produtiva completa da soja, desde a produção de sementes, passando pela produção de grãos, até a posterior industrialização e comercialização”, disse Moreira.

Em conversa com os produtores das comunidades, Fávaro comentou que ainda há preconceito no país contra o MST, um movimento legítimo que sonha com a terra. “Ver esse movimento tecnificado, cooperativista em que a agroindústria acontece, que gera renda e gera dignidade entre homens e mulheres é simplesmente fascinante”.

Fonte: Assessoria Mapa

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