Agricultores precisam de mais espaço para safras

Segundo a AgResource, para atenderem à crescente demanda, produtores precisam de mais espaço para cultivo.

GENEBRA (Reuters) – Os agricultores precisam de mais espaço para cultivar as safras e atender à crescente demanda por alimentos e combustíveis renováveis ​​em um momento de desaceleração no crescimento da produção, disse a consultoria AgResource nesta terça-feira.

A promoção de combustível renovável sob a agenda climática do presidente dos EUA, Joe Biden, provocará um aumento no uso de óleo de soja, reforçando um quadro mundial de maior consumo de safras básicas impulsionado pela China, afirmou Dan Basse, presidente da consultoria AgResource Co, na conferência GrainCom em Genebra.

Ao mesmo tempo, os rendimentos globais combinados das grandes safras de grãos parecem ter se estabilizado nos últimos cinco anos, segundo ele.

“Precisamos de mais hectares”, afirmou.

No entanto, a área plantada nos EUA pode ter atingido um teto, disse Basse, acrescentando que o crescimento da área de cultivo precisaria ocorrer principalmente na América do Sul, África e região do Mar Negro.

Com os Estados norte-americanos impedindo as empresas de usar matérias-primas importadas para esse combustível, isso poderia, em teoria, criar a necessidade de mais 40 milhões de acres (16,2 milhões de hectares) de plantações de soja nos Estados Unidos, afirmou Basse.

“Não acho que haja alguma maneira de os Estados Unidos transferirem 40 milhões de acres para soja de outros cultivos, mas vocês verão algum tipo de mudança”, disse ele.

Na China, a demanda por ração para gado, em parte devido à reconstrução do rebanho suíno do país após uma epidemia, tem apoiado as importações recordes de grãos.

A AgResource estima que as importações chinesas de grãos para ração atingiram quase 54 milhões de toneladas em 2020 – ou cerca de uma em cada quatro toneladas de grãos para ração comercializados em todo o mundo – e chegarão a um novo recorde de quase 57 milhões de toneladas em 2021, disse Basse.

Fonte: Reuters

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