Boletim Agropecuário de Santa Catarina de março aponta para safra histórica de soja no estado; números estão apontando para uma ótima safra
O Boletim Agropecuário de março indica crescimento na safra catarinense de soja em relação às estimativas iniciais: a área de cultivo foi elevada para 730,6 mil hectares e a produção do Estado atingiu 2,74 milhões de toneladas, quando o prognóstico inicial na safra 2022/23 foi de 2,61 milhões de toneladas. Somando à segunda safra – recém cultivada em 60 mil hectares – a produção em 2023 deve chegar próxima a três milhões de toneladas.
Segundo este documento, editado mensalmente pela Epagri/Cepa com as informações das principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense, os números estão apontando para a maior safra da série histórica levantada pela Epagri/Cepa. A seguir, confira outras informações do Boletim Agropecuário.
Nos últimos três meses, há uma pressão nos preços em função do início da colheita da safra brasileira e da baixa demanda externa, em especial da China. O comparativo dos preços em relação a 30 dias e a 12 meses aponta para uma retração de 2,4% e 13,6%. No Mato Grosso, principal produtor nacional, essa queda foi mais acentuada em razão da expectativa de maior oferta da soja-grão com o início da colheita na região de maior produção nacional.
O prognóstico inicial da produção de soja em Santa Catarina na safra 2022/23 é de 2,61 milhões de toneladas. Na atualização de fevereiro de 2023, a área de cultivo foi elevada para 730,6 mil hectares; com ela, igualmente a produção do estado, que atingiu 2,74 milhões de toneladas no relatório atual. Os números estão apontando para uma ótima safra no estado, possivelmente a maior da série histórica levantada pela Epagri/Cepa.
As lavouras – cerca de 18% – se encontram na fase de colheita – 82%, ainda em maturação. As condições climáticas – baixas temperaturas, que se prolongaram até outubro, e a estiagem em novembro – resultaram em atraso na semeadura nas regiões de maior altitude. Essas mesmas condições, modificadas em fevereiro, com chuvas mais regulares em várias regiões do estado, trouxeram alívio aos produtores, afetando a expectativa dos produtores, que passou a ser de uma safra normal.
Conjuntura mundial da safra 2022/23
A produção global de oleaginosas, reduzida em 7 milhões de toneladas, baixou para 630 milhões, predominantemente devido a reduções das lavouras de soja e girassol na Argentina e de algodão na Índia.
No entanto, a produção global e o comércio de proteínas estão em baixa, reduzidos principalmente no farelo de soja da Argentina e no farelo de algodão da Índia. Apesar da redução geral do esmagamento, a produção total de óleo foi pouco alterada em geral, em parte devido ao aumento do óleo de palma.
O comércio de petróleo aumenta ligeiramente com o aumento do óleo de girassol da Turquia, Rússia e Ucrânia e da palma da Malásia, parcialmente compensado pela menor comercialização de óleo de soja. Os estoques finais globais de oleaginosas -farelo e óleo -estão todos notavelmente reduzido. O preço agrícola médio, projetado nos EUA para a soja, permanece inalterado em $14,30/bu.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.