Aftosa: Quanto e quem vacinar agora em maio

Sob rumores de status de área livre de aftosa sem vacinação o país terá agora em maio mais uma etapa de vacinação, confira quem e quanto deve-se vacinar.

Depois de ter lutado contra a febre aftosa durante vários anos, e de ter recebido, no ano passado, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que todo o território nacional é área livre de aftosa com vacinação – Santa Catarina é reconhecida como livre da doença sem vacinação – o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, executa programa que visa estender a condição do estado catarinense a todo o território nacional até 2021. De acordo com a ministra Tereza Cristina, essa nova condição permitirá atender a mercados consumidores mais exigentes, para ampliar a exportação da carne brasileira. 

A maioria dos estados brasileiros irão vacinar todo o rebanho em maio, em novembro somente com idade até 24 meses.

Dose da Aftosa de 5 para 2

A Instrução Normativa nº 11 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (22) autorizou a redução da dose da vacina contra a aftosa de 5 mililitros para 2 mililitros. Um dos principais objetivos na mudança da vacina será a injeção de menor volume de óleo mineral, com consequente redução de reações locais. 

Informações importantes – Para os produtores é importante salientar que as pistolas de aplicação devem ser reguladas para essa dosagem, evitando a aplicação maior em um animal e deixando outro sem. A apresentação da vacina agora é em frascos com 15 ou 50 doses. “Os cuidados na aplicação da vacina seguem os mesmos e é fundamental que a conservação dos frascos seja bem feita”, afirma a coordenadora do Programa de Combate à Febre Aftosa na Secretaria da Agricultura, Grazziane Rigon. A vacina contra a febre aftosa precisa ficar refrigerada até o momento da aplicação. A temperatura ideal gira entre 2° e 8° Celsius e para isso é importante que o produto seja transportado em caixas térmicas e armazenado em refrigerador comum, nunca no congelador ou freezer. A compra das doses deve ser realizada apenas em estabelecimentos credenciados à Secretaria da Agricultura.

Campanha de vacinação no Rio Grande do Sul

A partir de 1° de maio começa no Rio Grande do Sul (e em outros estados brasileiros) a primeira etapa de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa de 2019. A novidade, neste ano, é a redução da dose da vacina de 5ml para 2ml.

Campanha de vacinação em Rondônia

A primeira etapa da campanha de vacinação de 2019 contra a febre aftosa foi lançada em Rondônia. Esta fase é para todo o rebanho bovino e bubalino e segue até o dia 15 de maio. A segunda etapa, que engloba o rebanho bovino e bubalino de até 24 meses de idade, acontece de 15 de outubro a 15 de novembro, segundo a Idaron. O prazo para comprovação, procedimento que também é obrigatório, vai até 22 de maio na primeira fase. O prazo na segunda etapa é 22 de novembro.

Vacinação no Paraná

A ser iniciada em maio, a campanha de vacinação contra a febre aftosa deve ser a última no Paraná. O Estado está prestes a conquistar o status de área livre de aftosa sem vacinação, com o fim de um processo de cuidados sanitários iniciado há décadas. As atualizações sobre o tema foram anunciadas durante reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP, realizada na sede da Federação, nesta terça-feira, dia 16.

Aftosa é uma das enfermidades animais mais contagiosas e pode causar importantes perdas econômicas. A mortalidade é baixa em animais adultos, mas nos jovens provoca problemas cardíacos que levam à morte. Atinge animais bovinos, ovinos, caprinos, porcos e todos ruminantes selvagens. Cavalos não são afetados.

Cenário negativo

Segundo texto publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, não será possível mais cumprir o prazo final estipulado para a retirada total da vacina de febre aftosa nos chamados cinco blocos da Federação – até 2023. “Não se sabe se haverá nova diretriz ou cronograma do plano, mas o prazo de 2023 com certeza acabou”, disse uma fonte ao Estadão, sem que fosse identificado o nome do informante.

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