O processo de adoção de tecnologias e inovações tecnológicas é imprescindível para que o pecuarista possa gerenciar e mensurar seus resultados e maximizar a sua lucratividade
Por João Costa Jr* – Voltando um pouco ao passado, lá em 2015, a ONU reportava que o Brasil seria o maior exportador de produtos agrícolas do mundo. Hoje, nós vemos que essa previsão vem se confirmando, com recordes em cima de recordes. Isso se deve as características climáticos, área cultivável e custo de produção que, nos últimos 25 anos, colocou a agropecuária brasileira em um contexto competitividade maior frente a outros players do agronegócio mundial, resultando na produção de alimento para 1/5 do mundo.
Contudo, ao olhar para o futuro, nós temos um número que assusta a muitos, 9,7 bilhões pessoas! Isso mesmo, segunda estimativa da ONU, até 2050 teremos de produzir alimento para todas essas bocas. E de onde virá boa parte desse alimento? Do Brasil, é claro!
A pergunta que está em todas as discussões mundo a fora é:
– O produtor agropecuário brasileiro será capaz de produzir alimento para atender toda essa demanda, sem ampliar a área cultivada utilizada e causar maiores impactos ambientais?
A resposta é sim, nós somos capazes, mas para isso temos que lançar mão das tecnologias e inovações tecnológicas presentes no mercado. Somente com elas, nós poderemos potencializar a eficiência produtiva, permitindo ganhos de forma ecologicamente mais correto, socialmente justo e economicamente viável e interessante para o pecuarista e para a humanidade.
- Pecuária de precisão ou de decisão?
- Por que devo pesar o gado?
- Qual deve ser a frequência de pesagem do gado na fazenda?
- O “boi ladrão”, chegou a hora de evitá-lo em sua fazenda?
É nesse contexto que surge a zootecnia de precisão, uma área do conhecimento que nos apresenta as tecnologias que irão dar suporte para que o pecuarista possa coletar e interpretar dados, integrar informações e tomadas de decisões mais assertivas, tudo de forma muito bem planejada para alcançar os melhores resultados do sistema de produção.
Assim, fica muito claro que a adoção de tecnologias é um caminho sem volta para toda a pecuária nacional. Contudo, ainda temos alguns gargalos para sua adoção, pois alguns pecuaristas ainda ficam “perdidos” sobre quais caminhos devem trilhar na jornada de transformação tecnológica de suas fazendas.
Adoção de tecnologias – por onde começar?
O processo de adoção de tecnologias e inovações tecnológicas é imprescindível para que o pecuarista possa gerenciar e mensurar seus resultados e maximizar a sua lucratividade, gerando valor à sua criação, segurança para suas tomadas de decisões e maior lucratividade em seu negócio. Contudo, para que a adoção possa ocorrer é necessário entender a maturidade tecnológica da atividade e do pecuarista, ou seja, o pecuarista com auxílio de um técnico ou consultor da área deverá fazer uma análise de todo o negócio, observando quais são os pontos de gargalos do processo produtivo que precisam de melhorias para um melhor funcionamento e geração de resultados produtivos e econômicos.
Geralmente, o pecuarista, técnico ou consultor consegue fazer essa análise, mas o processo para por aí, pois há uma dificuldade sobre qual o tipo de tecnologia deve ser adotado primeiro. É nesse momento que trazemos o conceito da “escada tecnológica”, que é definido como um modelo conceitual onde cada tecnologia ou grupo de tecnologias se encontram em um degrau, de acordo com o seu grau de complexidade, investimento e retorno financeiro.
No primeiro degrau, encontram-se as tecnologias de processos, que são todas as tecnologias utilizadas nos processos de um sistema de produção, sem a necessidade de grandes investimentos em insumos ou equipamentos. Podemos citar como exemplo:
- O número de pesagens, tratos ou ordenhas dos animais;
- O uso de um sistema rotacionado ou pastejo contínuo;
- O espaçamento de plantio de uma forrageira, entre outros.
Essas tecnologias são menos onerosas e, normalmente, de rápida e fácil adoção nas fazendas. Pesquisas mostram que mais de 70% das fazendas possuem seus gargalos tecnológicos nos processos e, somente a melhorias dessas tecnologias podem diminuir os custos de produção em até 50%.
No segundo degrau, encontramos as tecnologias de insumos, que são todos os insumos utilizados na fazenda. Seguem alguns exemplos:
- Rações;
- Vacinas;
- Medicamentos;
- Adubos;
- Sementes;
- Doses de sêmen, entre outros.
Por serem um pouco mais complexas, onerosas e de retorno financeiro mais lento, as tecnologias de insumo estão um degrau acima das tecnologias de processos. Por isso, elas deverão ser utilizadas quando conseguirmos atingir a máxima eficiência e lucratividade das tecnologias de processos.
Por fim, quando todos os processos estiverem ajustados e os insumos sendo utilizados para melhorar ainda mais a eficiência dos processos, então chegamos ao último degrau, onde estão as tecnologias de produtos, que são todos os equipamentos e instalações utilizados nas fazendas. São exemplos de tecnologias de produtos:
- Balanças de pesagem;
- Tratores;
- Cercas e arames;
- Curral;
- Ordenhadeiras, entre outras.
Essas tecnologias são as mais onerosas de todas, por isso estão no último degrau da escada tecnológica. Quando o pecuarista chega nesse degrau, a sua maturidade tecnológica já está bem elevada, o que permite extrair o máximo de todas as tecnologias, atingindo ótimos patamares de produtividade e lucratividade em seu negócio.
- Pecuária de precisão ou de decisão?
- Por que devo pesar o gado?
- Qual deve ser a frequência de pesagem do gado na fazenda?
- O “boi ladrão”, chegou a hora de evitá-lo em sua fazenda?
É visível que a cada passo dado pelo pecuarista, nos degraus da escada tecnológica, incrementamos a possibilidade de adoção das tecnologias que permitem realizar maiores e melhores coletas, planejamentos diários e controle mais preciso para uma gestão para entrega de resultados.
Gestão das tecnologias para boas tomadas de decisão
A cada degrau da escada tecnológica percebemos também que são adicionadas camadas de sofisticação e necessidade de maior gestão das tecnologias, o que envolve processos mais complexos e que requerem maior conhecimento para que tudo funcione de forma eficiente, segura e lucrativa.
Para facilitar nesse processo e ter maior segurança nas tomadas de decisão que, na maioria das vezes, precisam ser rápidas e certeiras, o pecuarista deve ter em mãos tecnologias que permitam a gestão de todas as tecnologias, dados e informações em sua fazenda. Hoje a Bovexo permite que isso seja realizado, através de uma gestão com sustentabilidade, precisão e planejamento acurado das tecnologias e dos dados gerados, utilizando o conhecimento dos melhores especialistas, algoritmos precisos, conhecimento zootécnico e indicadores de performance.
Nosso software conecta a diferentes tecnologias (balanças, bolsa de valores, suplementação animal, sistemas de administração de pecuária, SISBOV etc.), através dos nossos algoritmos, para que você possa analisar todas variáveis, comparar cenários e chegar na melhor decisão possível.
Ainda está em dúvida sobre se deve investir em tecnologia e por onde começar?
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João Costa Jr, Doutor em Zootecnia, Gerente de Marketing BovExo.