A alta da oleaginosa na Bolsa de Chicago e o dólar também valorizado, perto de R$ 5,50, favorecem as cotações domésticas. Veja a tendência para 2021!
Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nas principais praças do país nesta segunda-feira, 17, mediante um quadro extremamente favorável, de acordo com a Safras & Mercado. “Além da oferta restrita e da necessidade da indústria, as cotações foram favorecidas pela alta de Chicago e pelo dólar perto de R$ 5,50. Prêmios também seguem firmes”, informa.
No mercado disponível, o comprador oferece R$ 130 para entrega imediata e pagamento em janeiro. Mas a soja já está praticamente comercializada. Para 2021, há soja rodando a até R$ 116 no Paraná. A comercialização antecipada está 30 pontos percentuais acima da média. Para 2022, há preço de R$ 114,50.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 130. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 129,50. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 130.
Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 125 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca estabilizou em R$ 130.
Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 123 para R$ 125. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 126 para R$ 127. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 121 para R$ 123.
Contratos futuros
A soja fechou esta segunda-feira com preços mais altos na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras, o mercado atingiu o maior patamar de março, impulsionado por sinais de demanda firme e assimilando os prejuízos causados pela tempestade do início da semana passada sobre a área plantada.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 15,50 centavos ou 1,72% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,12 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,15 por bushel, com ganho de 17,25 centavos ou 1,9%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 6,60 ou 2,21% a US$ 305,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 31,53 centavos de dólar, alta de 0,44 centavo ou 1,41%.
Veja a tendência para os preços até abril de 2021
Os preços da soja no mercado brasileiro continuam com tendência de alta, de acordo com a Cogo – Inteligência em Agronegócio. “As exportações aceleradas entre janeiro e julho geraram escassez de oferta precoce em relação a anos anteriores”, diz.
A consultoria aponta que os prêmios estão em alta nos portos brasileiros, a demanda está aquecida para o farelo e óleo de soja no segmento de rações e já há poucos excedentes do grão no mercado interno.”Nos portos brasileiros, para embarques em setembro e outubro deste ano, os prêmios giram entre US$ 1,90 e US$ 2 por bushel acima do vencimento em Chicago”, diz.
- Desenvolvimento da raiz impacta diretamente na produtividade do milho
- Você sabe por que os humanos começaram a beber leite de vaca?
- CerealCred: nova solução de crédito para associados da Acebra em parceria com a Farmtech
- Prestes a realizar o maior leilão da história do Quarto de Milha, Monte Sião Haras adquire totalidade da égua mais cara do Brasil
- Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
Segundo a Cogo, 90% da safra 2019/2020 já foi comercializada e há disputa entre os exportadores e as indústrias domésticas, diminuindo as diferença entre os valores pagos nos portos e interior. “As esmagadoras voltadas para o mercado interno terão dificuldades em se abastecer até o final da entressafra, sendo forçadas a pagar valor maior do que a paridade de exportação”, afirma.
Além disso, conforme estimativa da Cogo, 46% da safra 2020/2021 já foi vendida pelos produtores até 14 de agosto, o que evitará uma pressão de oferta no primeiro quadrimestre de 2021, durante a colheita da nova safra.
Fonte: Agência Safras e Canal Rural