A Abimaq está solicitando que o financiamento incluído no Plano Safra 2024/2025 para aquisição de máquinas agrícolas atinja pelo menos R$ 36 bilhões.
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos, durante sua participação na 29ª edição da Agrishow, comentou sobre a recente queda de 36,9% na receita do setor de máquinas agrícolas no primeiro trimestre. Bastos expressou otimismo, indicando que essa forte retração, observada principalmente da fábrica para a revenda, não se reflete necessariamente nos números da revenda para o campo. Ele sugeriu que o cenário mais desafiador pode estar ficando para trás.
Apesar de uma leve melhora na perspectiva, Bastos apontou que a recuperação dos preços será gradual e deverá ganhar força apenas em 2025 ou 2026, influenciada pela valorização das commodities. Nesse contexto, a Abimaq prevê uma redução de 15% na performance do setor ao longo do ano.
Em relação ao financiamento, o dirigente destacou as dificuldades enfrentadas no primeiro trimestre devido à escassez de recursos disponíveis a juros baixos pelo Plano Safra. Contudo, a expectativa de melhores condições de juros no próximo plano tem estimulado o investimento por parte dos produtores. A Abimaq propôs ao governo federal que o Plano Safra 2024/2025 inclua um financiamento de pelo menos R$ 36 bilhões, com R$ 26 bilhões destinados aos programas Moderfrota e Moderfrota Pronamp, além de R$ 10 bilhões para o Pronaf.
Além disso, Bastos mencionou que o aumento previsto na área e produção agrícola do Brasil nos próximos anos poderá impulsionar ainda mais a demanda por maquinário agrícola. No entanto, ele adiantou que a Abimaq poderá rever para baixo suas expectativas para o setor em 2024, decisão que será tomada após a análise dos resultados das principais feiras agrícolas do primeiro semestre, incluindo a própria Agrishow.
Agrishow
Durante a Agrishow, evento conhecido por sua natureza intensamente comercial, montadoras apresentam condições especiais para atrair compradores, embora os resultados dessas iniciativas ainda permaneçam incertos. O presidente da feira expressou que manter o mesmo nível de faturamento do ano anterior já seria considerado um sucesso significativo. Segundo Pedro Estevão Bastos, apesar do aumento na visitação, muitas negociações iniciadas durante o evento só são finalizadas no segundo semestre, beneficiadas por taxas de juros mais baixas.
Bastos também ressaltou um ambiente de otimismo sustentado por resultados agrícolas positivos. A produtividade favorável nas safras de milho safrinha, cana-de-açúcar em São Paulo, laranja, café, arroz e algodão no Brasil, alimenta esse sentimento positivo. Ele enfatizou a importância da soja e do milho, que juntos compõem 60% do mercado de máquinas agrícolas no país, reforçando a conexão entre a prosperidade agrícola e o setor de maquinário.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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