O abate de bovinos caiu 4,5% no 2º trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, enquanto o de suínos cresceu 7,1% e o de frangos aumentou 7,4%.
É o que mostram os primeiros resultados da produção animal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, foram abatidas 7,07 milhões de cabeças de bovinos entre maio e julho, sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Já o abate de suínos somou 13,03 milhões de cabeças, enquanto o de frangos chegou a 1,52 bilhão de cabeças.
Em relação ao 1º trimestre de 2021, o abate de bovinos aumentou 7,7% e o de suínos 3,2%, enquanto o de frangos caiu 3,0%. Os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o segundo trimestre de 2021, divulgados nesta quinta-feira (12/08) apontam uma queda de 1,2% na captação de leite cru resfriado, em relação ao segundo trimestre de 2020, como mostra o gráfico 1.
Sazonalmente os 5,8 bilhões de litros captados entre abril, maio, junho são inferiores em 11,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Vale ressaltar que, tradicionalmente, a produção de leite no segundo trimestre é menor em comparação a outros períodos do ano por conta da sazonalidade da produção.
No entanto, problemas climáticos atípicos, principalmente no sul do país, colaboraram para a grande redução observada. Historicamente, a variação da captação entre o primeiro e o segundo trimestre do ano gira em torno de -8,9%. A queda deste trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior foi a maior observada neste mesmo período (segundo trimestre contra primeiro) desde 2009.
Esta movimentação na captação do segundo trimestre também é reflexo da queda no RMCR. Observando o gráfico 2, que mede a evolução do indicador, temos o primeiro trimestre de 2021 com valores 18% menores do que o que era observado no último trimestre de 2020, indicando uma menor rentabilidade na produção de leite.
Observamos também uma melhora no indicador em julho, amparada pelos maiores preços do leite pago ao produtor. Porém, o alto valor dos grãos ainda não permite grandes melhoras no indicador, sinalizando que o cenário observado no segundo trimestre provavelmente se manterá.
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Os valores de grãos continuarão sendo fator determinante para a movimentação do mercado. A quebra de expectativa da safrinha de milho, geadas no sul de Goiás e o extremo frio no sul do Brasil certamente não contribuirão para que os preços se reduzam.
A projeção feita pelo MilkPoint no Mercado de grãos já aponta agosto com aumento de 20,5% nos valores da ração em relação ao ano anterior. Sendo assim, não são esperadas haver grandes alterações no estímulo à produção para o restante do ano.