Dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE mostram que foram abatidas 3,2 milhões de cabeças de novilhas em 2018 no país, crescimento de 17,1%.
A demanda de restaurantes por carne premium levou o abate de novilhas — fêmeas de até dois anos — a níveis recordes no ano passado. Dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE mostram que foram abatidas 3,2 milhões de cabeças de novilhas em 2018 no país, crescimento de 17,1%. É um recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 1997.
Segundo Angela Lordão, gerente de Pecuária do IBGE, o abate de novilhas representou, desta forma, 10,2% do total do abate de bovinos no país no ano passado. O movimento, segundo ela, foi bastante concentrado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que representaram, somados, 41,6% do total nacional do abate de fêmeas de até dois anos.
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Essa tendência contribuiu para que o abate de fêmeas crescesse 6% no ano passado, ritmo superior ao abate total de bovinos no país (3,4%). Além das novilhas, o avanço do abate de fêmeas está ligado ao ciclo de baixa da pecuária, quando preços pouco atraentes dos bezerros levam pecuaristas a ofertarem matrizes para o abate.
“Foi o terceiro maior abate de fêmeas da série histórica, atrás apenas de 2013 e 2014”, disse Angela. “É uma tentativa do setor de alavancar os preços”.
Fonte: Valor Econômico.