Abate de bovinos no Brasil acumula queda de 16,3% em dois meses; Reflexo da menor disponibilidade de animais para abate nos frigoríficos. Veja!
Os abates de bovinos nos 225 frigoríficos desenvolvimentos ao Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura (SIF) registraram queda de 16,3% entre julho e agosto deste ano. Sem acumulado do ano, até agosto, a redução é de 9,7%.
Os dados são de relatório divulgado nesta quinta-feira (29/10) pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Segundo o documento, foram abatidos 1,8 milhão de animais em agosto, queda de 15,4% ante igual período do ano passado e 5,7% ante julho, quando o volume de abates também ficou abaixo do registrado em 2019.
A redução no abate de bovinos coincide com a menor disponibilidade de animais no país em meio ao ciclo de alta da atividade pecuária e ao período de entressafra, quando há menor disponibilidade de pastagens e, portanto, de oferta de animais.
Paralelamente, os aumentos nos custos de manutenção de alimentação animal neste ano também desestimularam o confinamento que garantiria a oferta neste período, o que levou alguns frigoríficos a suspenderem as atividades em unidades menores para reduzir custos operacionais. Desde o início do ano, apenas em junho os abates aumentaram em relação ao ano passado, segundo os dados do SIF.
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Aves e suínos
No caso de aves e suínos, os abates registrados pelo Ministério da Agricultura acumulam alta de 2,17% e 4,23%, respectivamente. Só em agosto foram 456,4 milhões de aves abatidas, volume 1,46% superior ao registrado há um ano, e 3,5 milhões de suínos, crescimento de 5,18%.
A vigilância do SIF, que abrange 147 abatedouros frigoríficos de aves e 89 de suínos, é um pré-requisito para acesso ao mercado internacional. Só entre julho e setembro deste ano, o órgão já inspecionou 37 adaptados em se habilitar para exportar à China e outros países.
Fonte: Globo Rural