Maior retenção de fêmeas por parte dos produtores foi o que levou ao abate de 22,19 milhões de bovinos no ano passado, 9,56% a menos que em 2019.
A margem da cria em alta estimula a retenção de fêmeas que, por sua vez, restringe ainda mais a oferta de animais, levando os números de abate brasileiros em 2020 aos menores patamares dos últimos cinco anos da série histórica, informam as analistas Bruna Giacon e Caroline Matos, da consultoria Agrifatto.
Segundo informações registradas no SIF (Sistema de Inspeção Federal), foram abatidas um total de 22,19 milhões de bovinos em 2020, uma redução de 9,56% se comparada à quantidade de animais abatidas no ano anterior.
Além da retenção de fêmeas, o atraso das chuvas também colaborou com a redução na quantidade de bovinos para o abate no ano passado, acrescentam as consultoras.
Acompanhando o desempenho mensal do abate bovino brasileiro em 2020, observa-se que os meses de janeiro, fevereiro, novembro e outubro tiveram o pior índice dos últimos 5 anos. No entanto, o preço da arroba do boi gordo permaneceu firme ao longo do ano passado – a valorização acumulada ficou em 38,71% em 2020 em relação a 2019.
- Com mercado de adjuvantes aquecido, setor projeta novas tendências
- Reduzindo custos e maximizando lucros com gestão pecuária de ponta
- Quais os impactos das pastagens degradadas na agropecuária?
- Novo pneu revoluciona pivôs de irrigação ao reduzir impactos no solo
- Empresa importa mais de 100 aeronaves com disparada do agronegócio
Neste ano, os valores da arroba já registraram novos recordes, com negócios pontuais superiores a R$ 310/@. “Para 2021, ainda não há previsão de melhora para a oferta de matéria-prima, que segue escassa, pressionando ainda mais os abates para baixo”, observam as analistas.
Em janeiro último, de acordo com números preliminares, já contabiliza a menor quantidade abatida dos últimos 10 anos, informam as analistas da Agrifatto.
Fonte: Portal DBO