Pesquisa do Cepea em parceria com a OCB mostra que os preços dos derivados lácteos comercializados no estado de São Paulo continuaram firmes em junho.
Pelo sétimo mês consecutivo, o preço do leite captado subiu, impulsionado pela menor oferta. Em maio, o litro foi cotado a R$ 2,7114 na “Média Brasil” do Cepea, alta de 9,8% em relação a abril, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de maio).
Desde janeiro, o valor do leite pago ao produtor acumula avanço real de 30,4%. Ainda assim, a média de maio ficou 4,82% abaixo da registrada no mesmo período do ano passado, em termos reais.
Derivados seguem em valorização
Pesquisa do Cepea realizada em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostra que os preços dos derivados lácteos comercializados no estado de São Paulo continuaram firmes em junho. O maior aumento, de 6,56% em relação ao mês anterior, foi registrado pelo leite UHT, cotado à média de R$ 4,76/litro em junho. Para o leite em pó (400g) e a muçarela, as altas foram de 2,51% e 4,11%, respectivamente, a R$ 30,17/kg e R$ 31,94/kg. No comparativo anual, as variações são positivas em 3,23% para o UHT e em 2,13% para a muçarela, mas negativa em 2,35% para o leite em pó (deflacionamento pelo IPCA de junho/24).
Importações aumentam expressivos 22% em junho
Em junho, as importações brasileiras de lácteos cresceram 22,08% em relação a maio, porém ainda ficaram 13,85% abaixo das do mesmo período do ano passado. As exportações também aumentaram no comparativo mensal, em 8,01%, e caíram 37,85% no anual. Como resultado, o déficit da balança comercial (em volume) subiu 22,5% de maio para junho, para aproximadamente 177 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 77 milhões.
Preço do leite em alta mantém margem positiva ao produtor
Apesar da alta nos custos de produção em junho, a valorização de 10,33% do leite pago ao produtor manteve positiva a margem bruta no período, com avanço de 34,28%, saindo de R$ 0,61/litro em maio para R$ 0,82/l em junho, considerando-se a “média Brasil”. Os cálculos são do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro.
Fonte: Cepea
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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