A venda da maior fazenda do Brasil, a Nova Piratininga!

A Nova Piratininga, está localizada em Goiás e conta com a maior área de produção agropecuária do Brasil, são mais de 135 mil hectares de terra!

A resposta para a pergunta é: Sim e Não! Complicado né? Vamos entender melhor essa história e conhecer um pouco sobre a maior fazenda do Brasil, que almeja um rebanho de mais de 200 mil animais.

Pois bem, a fazenda é localizada em Goiás e ela pertencia ao empresário Wagner Canhedo, que entrou para os anais do mundo dos negócios por ter levado à falência a Vasp, uma das principais companhias da aviação comercial brasileira. Pois bem, isso responde a pergunta: “ela foi vendida?”, ainda não. Vamos em frente!

Em 2010, mais precisamente dezembro, os ex-donos da Neo Química, compraram a fazenda Piratininga, o valor divulgado da negociação foi de R$ 310 milhões pela propriedade. A fazenda então recebeu o nome de “Nova Piratininga” e hoje é considerada a maior fazenda do Brasil.

Em agosto de 2017, um corretor divulgou na internet que a fazenda estaria a venda em Goiás. Diversos meios de comunicação soltaram a manchete que veio a ser desmentida por nota oficial da Nova Piratininga, onde diziam que a fazenda não estava a venda.

No anúncio feito por corretores o valor de porteira fechada (quando vende-se tudo que está na fazenda, até tratores, equipamentos e gado) o valor está estipulado em R$ 3.500.000.000,00 (Três Bilhões e quinhentos milhões de reais). Mas a notícia era falsa e a Fazenda Nova Piratininga continua pertencendo a Família Limírio Gonçalves.

Conheça a Nova Piratininga, fazenda planeja ter 200 mil cabeças!

A Fazenda Nova Piratininga é um mundaréu de terras concentradas no noroeste de Goiás, no município de São Miguel do Araguaia onde o estado faz divisa com o TO e MT.

São 135 mil hectares, área equivalente a ocupadas por metrópoles como o Rio de Janeiro ou Nova York, registrados em uma única matrícula, no cartório de imóveis local, coisa rara no País. Em geral, grandes fazendas são o resultado da compra e concentração de várias propriedades.

Vídeo da Nova Piratininga:
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A propriedade foi ocupada por três empresários goianos, detentores de partes iguais no negócio. Um deles, João Alves de Queiroz Filho, mais conhecido como Júnior, é o controlador do grupo Hypermarcas.

Alguns números que são de encantar e dar orgulho:
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O outro sócio é Marcelo Limírio Gonçalves Filho, ex-dono do laboratório de medicamentos genéricos Neo Química, absorvido pelo Hypermarcas, em 2009. Fecha o grupo a família de Igor Nogueira Alves de Melo, membro do Conselho de Administração da farmacêutica Teuto, fundada por seu pai Walterci de Melo e hoje controlado pela americana Pfizer.

Alves de Melo foi escolhido pelos parceiros para dirigir a fazenda Nova Piratininga, na qual está envolvido praticamente em tempo integral.

“Pegamos uma fazenda falida e hoje não há um único metro quadrado que não seja produtivo”, diz Alves de Melo.

Remodelada, a Nova Piratininga pode ser colocada no rol das propriedades que servem de modelo para uma pecuária que produz gado bovino de alta qualidade e em larga escala. Da área total, 95 mil hectares são compostos de pastos, que alimentam um rebanho de 105 mil nelores puros ou cruzados com angus, que vem sendo submetido a um processo acelerado de seleção e melhoramento genético para dobrar de tamanho nos próximos cinco anos.

O trabalho, mesmo feito a porteiras fechadas, tem chamado a atenção do mercado, principalmente de fundos de investimentos interessados em comprar a fazenda. “Já recebemos várias ofertas, mas nossa resposta é sempre não, porque, como empresários não temos perfil especulador”, diz Alves de Melo.

“A Nova Piratininga, definitivamente, não está à venda. Segundo ele, o horizonte da trinca de controladores é de longo prazo, com a pretensão de produzir o melhor gado do País, com sustentabilidade. “A fazenda tem um enorme potencial para superar desafios de toda ordem.”

Nova Piratininga
Foto Divulgação

A fazenda foi comprada por R$ 310 milhões, em parcelas – a última delas, no valor de R$ 50 milhões. Hoje, essa quantia pode ser considerada uma verdadeira pechincha: cinco anos depois da aquisição, o valor de mercado da fazenda decuplicou e é estimado em nada menos de R$ 3 bilhões.

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Terra Arrasada

A gestão do rebanho foi a primeira e mais urgente tarefa a ser realizada. “Nós não sabíamos nem quantos animais havia nos pastos”, afirma Alves de Melo. A contagem do gado mostrou um cenário de terra arrasada. O rebanho encontrado era de cerca de 90 mil animais, dos quais 60 mil eram fêmeas em idade reprodutiva.

No entanto, apenas 18 mil haviam parido e 16 mil bezerros foram desmamados, em 2012. Isso significa que, naquele momento, a taxa de natalidade era de 30% e a de desmame, de 26,5%, quando o índice considerado aceitável em uma fazenda de bom nível técnico é de pelo menos 70%. No Brasil, a taxa média de desmame é de cerca de 55%, praticamente o dobro da que era obtida pela fazenda.

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“Nosso objetivo é criar na Nova Piratininga um gado que eleve a qualidade genética da base do rebanho”, diz Adir Leonel. “Com ela, vai ser possível produzir animais padronizados em tamanho, peso e qualidade da carcaça.”

Esse tipo de comércio passa pelas Centrais de Inseminação

“A ideia com o cruzamento é fazer com a melhor base nelore, animais destinados a certos nichos de mercado, como as marcas de carne”, diz Alves de Melo. “Por isso, usamos o angus na inseminação.” A taxa de prenhes nesta estação de cria foi de 45% com a IATF, bem superior ao primeiro ano de uso da técnica, quando foi utilizada em apenas sete mil fêmeas e 35% emprenharam. Nesse projeto, as fêmeas que não pegam cria são cobertas por touros nelore.

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O rebanho de reprodutores é de 1,6 mil animais, usados na proporção de um para cada 20 vacas.

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MARCA DE CARNE

Atualmente, a fazenda Nova Piratininga tem na sua prateleira vários produtos, de bezerros, a animais jovens e vacas de descarte. Mas, no futuro, ela quer fazer o ciclo completo. “Pensamos também na construção de uma marca de carne”, diz Alves de Melo. “Chegar lá é uma questão de tempo.” Em 2014, a fazenda vendeu 39,7 mil animais prontos para o abate.

As fêmeas cruzadas de angus, por sua vez, são recriadas por Alves de Melo em confinamento até a fase de novilha e vendidas ao empresário Valdomiro Polisselli Júnior, dono da marca de carnes VPJ.

Nos planos de Melo está justamente o aumento da capacidade estática do confinamento para 30 mil animais, para sair desse modelo. “Com mais estrutura, o número de animais confinados poderia até triplicar.”

Canadenses visitam projeto pecuário da Nova Piratininga
Foto: Divulgação

Para sustentar o projeto de crescimento de uma pecuária baseada na criação no pasto e na terminação em confinamento, o segundo problema atacado pela Nova Piratininga foi o estoque de alimento para o gado. Dos 135 mil hectares da área total, havia apenas 77 mil hectares de pastagens em condições mínimas de uso. Hoje, são 95 mil hectares, dos quais cerca de 50 mil já foram reformados. “Em um único ano chegamos reformar 20 mil hectares, mas é loucura.

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Confira alguns vídeos de reportagens da fazenda:
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