Enfrentamos uma luta significativa pelo futuro da humanidade, e o Brasil se encontra em uma posição estratégica para enfrentar os desafios dos novos “cavaleiros do Apocalipse” do agronegócio brasileiro.
A filosofia nos traz a imagem dos quatro cavaleiros, figuras que aparecem na terceira visão profética do apóstolo João, conforme descrito no livro bíblico do Apocalipse. Esses cavaleiros, conhecidos como Peste, Guerra, Fome e Morte, simbolizam forças devastadoras. Mas como essa antiga visão se relaciona com o agronegócio brasileiro? Acompanhe e saiba mais.
No cenário atual, enfrentamos uma luta significativa pelo futuro da humanidade, e o Brasil se encontra em uma posição estratégica para enfrentar os desafios dos novos “cavaleiros do Apocalipse” do século XXI: segurança alimentar, segurança energética, mudanças climáticas e desigualdade social.
No entanto, estar preparado para liderar essa batalha não significa que o percurso será fácil ou que exista uma solução simples. A chave para navegar por esse caminho reside na cooperação e na inovação. Mas antes de explorar essas soluções, precisamos entender o contexto histórico e econômico que nos trouxe até aqui.
O Brasil se destaca de forma única no cenário global devido a suas características singulares. Com um vasto território e uma diversidade climática impressionante, o país possui uma agricultura diversificada, onde cada região se especializa em diferentes culturas. Por exemplo, o Rio Grande do Sul é famoso pela produção de uvas, enquanto o Espírito Santo se destaca pelo cultivo de café.
Os números do agronegócio brasileiro são realmente impressionantes e confirmam essa importância. O setor é um motor crucial da economia nacional, gerando quase 30% dos empregos no país e representando aproximadamente 25% do PIB. Com um saldo comercial positivo, as exportações agrícolas alcançaram US$ 166 bilhões, enquanto as importações ficaram em torno de US$ 90 bilhões.
Um dos principais motores desse sucesso é a adoção de tecnologias sustentáveis adaptadas ao clima tropical. Nas últimas décadas, o Brasil avançou notavelmente na produção agrícola, impulsionado pela implementação de inovações tecnológicas. Desde o Plano Collor em 1990, que resultou em um aumento expressivo da área plantada e da produção de grãos, até os dias atuais, o país se destaca por ser o único capaz de realizar até três safras anuais em uma mesma área, graças à irrigação, rotação de culturas e outras práticas agrícolas avançadas.
Esse crescimento impressionante é resultado de quatro fatores essenciais presentes no Brasil. Primeiramente, desenvolvemos tecnologias sustentáveis de ponta, adaptadas ao nosso clima tropical. Em segundo lugar, nossos produtores são empreendedores que adotam e implementam essas inovações. Terceiro, o país possui vastas áreas de terra disponíveis para a expansão das atividades agrícolas. Por fim, políticas públicas eficazes têm incentivado e apoiado esse desenvolvimento contínuo.
Obstáculos a vencer
Embora tenham sido feitos muitos avanços, o setor agrícola ainda enfrenta grandes desafios. A logística inadequada, especialmente nas áreas de fronteira agrícola como o Centro-Oeste, impede o crescimento contínuo do setor. Este tema foi discutido recentemente em um evento promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.
Durante a audiência, a Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA destacou que a infraestrutura não tem acompanhado o aumento da produção agrícola. Um exemplo recente é a necessidade de redirecionar a logística de escoamento de produtos dos portos do Arco Norte para os portos do Sul e Sudeste devido à severa seca que afetou os rios da região.
Um dos principais desafios no agronégocio é a armazenagem das safras, uma preocupação constante. De acordo com a CNA, a capacidade de armazenagem tem crescido 3,5% ao ano, enquanto a produção aumentou 5,3% em 2024, resultando em um déficit de 118,7 milhões de toneladas. Isso mostra claramente que a logística e a capacidade de armazenagem não estão acompanhando o rápido crescimento da produção de grãos.
Para mitigar esse problema, soluções como os silos-bolsas oferecidos pelo Grupo Nortène são essenciais. Esses silos ajudam a reduzir o déficit de armazenagem, mantendo a qualidade dos grãos e permitindo que os produtores escolham o melhor momento para vender seus produtos.
Além dos problemas logísticos, o agronégocio enfrenta questões críticas como o desmatamento ilegal na Amazônia, a invasão de terras e os incêndios criminosos, que colocam em risco a sustentabilidade ambiental. Diante desse cenário, é evidente que o Brasil não deve ser visto apenas como uma potência econômica, mas também como um protagonista na promoção de mudanças sociais e ambientais. O agronegócio é crucial para o desenvolvimento do país, gerando empregos, renda e riqueza, e contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável.
Para atingir novos níveis de sucesso, o setor pode se beneficiar de iniciativas promovidas por cooperativas agrícolas, investimentos em infraestrutura e apoio governamental. Com um foco renovado na sustentabilidade, o agronegócio brasileiro está bem posicionado para liderar a batalha global contra os grandes desafios ambientais e sociais.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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