“No 8 de Janeiro, constatamos as consequências dramáticas da incivilidade, dos discursos de ódio, da desinformação e do sentimento antidemocrático”, afirmou Barroso em seu discurso; confira
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, liderou nesta segunda-feira uma cerimônia no plenário da Corte para marcar o primeiro aniversário dos atos golpistas ocorridos em 8 de Janeiro. A solenidade contou com a presença de outros ministros, incluindo Flávio Dino, que tomará posse em fevereiro, e Rosa Weber, ex-presidente da Corte durante os ataques bolsonaristas e atualmente aposentada. Ministros aposentados, como Ricardo Lewandowski, também participaram do evento.
“No 8 de Janeiro, constatamos as consequências dramáticas da incivilidade, dos discursos de ódio, da desinformação e do sentimento antidemocrático“, afirmou Barroso em seu discurso. Ele destacou a necessidade de punir os envolvidos nos atos golpistas como uma medida para desencorajar futuras ações delinquentes.
“Tratar com condescendência o que aconteceu é incentivar que derrotados da próxima eleição também se sintam no direito de depredar prédios das instituições públicas“, alertou Barroso, enfatizando a importância de não tolerar atos que ameacem a democracia.
O presidente do STF ressaltou que o cenário de barbárie em 8 de Janeiro foi resultado de “uma animosidade artificialmente cultivada anos a fio” por extremistas que não respeitam as instituições e promovem discórdia.
Além da cerimônia no STF, estava programado para a tarde desta segunda-feira o evento “Democracia Inabalada” no Congresso Nacional. A ocasião contará com a presença de autoridades como o presidente Lula, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, entre outros.
Durante a cerimônia no Congresso, está prevista a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988, ambas danificadas durante a invasão do Palácio do Congresso Nacional em 8 de Janeiro do ano passado.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, assinou 6.204 decisões relacionadas aos atos golpistas de 8 de Janeiro, com 255 autorizações para busca e apreensão e 350 quebras de sigilo. As diligências resultaram em 800 coletas de provas, levando à detenção de 243 pessoas na Praça dos Três Poderes. Após audiências de custódia, 459 foram liberadas, enquanto 938 cumpriram prisão preventiva.
Nos últimos 12 meses, 81 pessoas foram presas em operações policiais, com 70 golpistas ainda detidos. A Corte recebeu 1.345 denúncias, com 30 resultando em publicações até agora. Há 29 julgamentos em curso e 146 ações penais previstas para julgamento até abril. Cerca de mil ações penais estão suspensas para análise de Acordo de Não Persecução Penal com o Ministério Público Federal, sendo que 38 acordos foram homologados até o momento.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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