50% da produção de soja do Mato Grosso corre risco de quebra por El Niño

A explicação para o risco iminente na produção de soja está relacionada aos efeitos do El Niño na região Centro-Oeste. A falta de chuvas e o calor intenso afetaram seriamente os produtores, causando atrasos no plantio e, em alguns casos, a necessidade de replantio

A startup A de Agro, especializada em dados para o agronegócio, lançou um alerta preocupante sobre a safra de soja em Mato Grosso. Através de sua plataforma de monitoramento, a “Rural.Uno“, a empresa projeta uma possível quebra na safra 2023/2024, com foco especial em nove cidades que representam 20% da produção total do estado.

Destacando-se negativamente, o município de Tapurah enfrenta uma situação crítica, com a possibilidade de uma quebra que pode atingir até 25% da safra, resultando em uma perda de 150 mil toneladas. No geral, 25 cidades estão sob alta preocupação, respondendo por quase metade da produção de soja estadual.

As 10 cidades com risco muito alto incluem Diamantino, São José do Xingu, Comodoro, Marcelândia, Confresa, Matupá, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo, Santa Cruz do Xingu e Terra Nova do Norte. Enquanto as 9 cidades com risco alto são Campo Novo do Parecis, Nova Ubiratã, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Tabaporã, Água Boa, Tapurah, São José do Rio Claro e Novo São Joaquim.

O risco médio abrange áreas como Sorriso, Querência, Paranatinga, Nova Maringá, Gaúcha do Norte, Porto dos Gaúchos, Ipiranga do Norte, Santa Rita do Trivelato, Vera, Feliz Natal, Bom Jesus do Araguaia, Santa Carmem, Itanhangá, Cláudia, Santo Antônio do Leste e Brasnorte.

A explicação para o risco iminente na produção de soja está relacionada aos efeitos do El Niño na região Centro-Oeste. A falta de chuvas e o calor intenso afetaram seriamente os produtores, causando atrasos no plantio e, em alguns casos, a necessidade de replantio.

Embora seja prematuro estimar a redução da produtividade, o estudo da startup indica que, se as condições climáticas permanecerem instáveis e sem melhorias, a região pode enfrentar uma quebra de safra atípica devido a fatores hídricos.

As regiões mais propensas a sofrer com a quebra de safra até o momento são o oeste e norte de Mato Grosso, devido às baixas chuvas e altas temperaturas. No entanto, apesar do cenário desafiador, algumas áreas no sul do Mato Grosso e em Goiás conseguiram reverter a possibilidade de quebra graças à regularização do regime pluviométrico. A situação continua sendo monitorada de perto pelos agricultores e autoridades locais.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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