5 dicas infalíveis para prevenir a mastite em vacas leiteiras

A resistência das vacas, os agentes patogênicos e o ambiente são apontados como os 3 fatores diretamente relacionados à mastite. Confira as dicas abaixo!

Mastite é a inflamação da glândula mamária, ao qual acomete 20 a 38% do rebanho bovino brasileiro, significando uma perda de 12 a 15% da produção leiteira segundo a Embrapa em abril de 2016. Um prejuízo amargo ao bolso dos empresários do ramo. A resistência das vacas, os agentes patogênicos e o ambiente são apontados como os 3 fatores diretamente relacionados à doença.

Considerada uma doença de manejo, fica evidente que boas práticas no sistema de produção são metodologias eficazes contra esta grande dor de cabeça dos produtores de leite, destacando medidas preventivas.  

A dor no bolso dos produtores leiteiros

Também conhecida como Mamite, esta é uma das doenças mais frequentes nos rebanhos leiteiros e de maior impacto econômico. Pode resultar em gastos com veterinários e medicamentos, aumento de mão-de-obra no cuidado com os animais acometidos, morte ou descarte prematuro dos animais e redução da produção leiteira. Sem considerar ainda, os impactos negativos à saúde pública.

Este amargo prejuízo pode comprometer seriamente os resultados quantitativos e qualitativos da produção leiteira e complicar a vida dos empresários rurais.

De acordo com o “Guia Prático da Produção Intensiva de Leite” elaborado pelo Sebrae-RJ, Senar-RJ e FAERJ, a mastite em vacas leiteiras apresenta diferentes microorganismos causadores e de maneira geral, a prevenção absoluta só é possível com a elaboração de um bom programa técnico e prático de controle, que incluem medidas básicas.

Algumas dicas para evitar a mastite na sua propriedade:

1) Ofereça uma cama seca e limpa ao seu rebanho bovino

Evitar sujeira e umidade impede a proliferação de microrganismos que se alimentam de qualquer matéria orgânica do curral, como esterco, palhada, capim e leite.

Eliminar frequentemente esses materiais e garantir a circulação de ar na área de produção não deixa alternativa para os agentes causadores, a não ser passar bem longe do seu rebanho!

2) Garanta que suas vacas não estejam estressadas

Principalmente no verão, com o aumento das temperaturas e da umidade, é comum maiores descargas de hormônios relativos ao estresse, o que reduz a eficácia do sistema imunológico no combate aos microrganismos.

Uma forma garantida de manter seu rebanho tranquilo é garantir conforto térmico, como por exemplo, boa ventilação. Tenha certeza de que vacas refrescadas e tranquilas têm menor chance de sofrer surtos de mastite.

3) Cuide incansavelmente dos seus métodos de ordenha

Cuidar dos procedimentos, principalmente da pré-ordenha é fundamental na prevenção da mastite em vacas leiteiras. Tiago Tomazi, enfatiza em artigo da Revista Leite Integral, os cuidados que devem ser aplicados neste processo:

  • As vacas têm que receber o pré-dipping, com um antisséptico eficaz.
  • Os tetos devem ser limpos e secos antes da colocação dos equipamentos da ordenha. A limpeza da ponta do teto é fundamental.
  • Vale a pena eliminar os primeiros jatos de leite.
  • Observar o leite descartado dos primeiros jatos na busca de coágulos e grumos, pois detectar a doença rapidamente evitando maiores complicações.

4) Espante as moscas para bem longe do seu rebanho

Moscas carregam agentes causadores de doenças, inclusive os da mastite. Provocam irritação nas vacas e mesmo quando não picam, podem depositar os microrganismos onde pousam.

Correm mais risco as vacas que vazam leite entre as ordenhas.

Use produtos para o controle de moscas e elimine os focos de disseminação.

5) Prepare sua equipe para a guerra contra a mastite

Profissionais qualificados nas fazendas de leite têm o poder de reduzir a incidência de doenças no rebanho e de aumentar a qualidade do leite produzido.

Esse investimento na qualificação profissional objetivando o controle da mastite foi destaque na Revista Balde Branco em abril de 2016, apresentando casos de sucesso na mudança do sistema de gestão, como o da Fazenda Limassis, citada na reportagem.

A conclusão da matéria foi a importância de treinar as equipes para que todos estejam extremamente informados e comprometidos com as medidas de prevenção e controle da mastite.

Investir em pequenas mudanças pode significar a garantia dos seus resultados na produção de leite. É preciso buscar informação, conhecer outros métodos de prevenção e controle, e acima de tudo, ser incansável na melhoria dos processos.

Muitas vezes, a solução para problemas na produção leiteira é simples e está ao alcance de todos!

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