Realizado nos dias 25 e 26 de novembro, o segundo Leilão Virtual de Café da Região do Cerrado Mineiro (RCM) levou a tradição cafeeira para o ambiente digital, não apenas destacando a qualidade dos grãos, mas também evidenciando a diversidade de compradores e a força do mercado interno brasileiro.
Organizado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado e operado pela plataforma M-Cultivo, o evento movimentou R$ 59 mil com a comercialização de nove lotes de café, conectando produtores e consumidores em escala nacional e internacional.
O leilão virtual complementou o Leilão Café Solidário, realizado em 13 de novembro, durante o 12º Prêmio da Região do Cerrado Mineiro, em Uberlândia (MG), onde os melhores cafés da safra foram premiados.
Diversidade de compradores
O grande destaque foi a predominância de cafeterias brasileiras como principais compradores, refletindo o crescente apreço pela origem e qualidade dos produtos. Cidades como Patrocínio, Curitiba, Belo Horizonte e Blumenau entraram na lista de destinos, enquanto grãos selecionados também alcançaram consumidores nos Estados Unidos e na Itália.
Segundo Maurício Maciel, um dos proprietários da Primitivo Cafeteria & Coffee Roaster, de Patrocínio, que adquiriu três lotes no leilão virtual, o foco da Primitivo sempre foi trabalhar com café de qualidade, oferecendo os melhores cafés possíveis.
“A ideia é preparar, torrar e realizar todo o processo para que possamos consumir esses cafés no Brasil.” Maurício destacou a aquisição dos campeões das categorias Cereja Descascado e Natural, além de um lote de Fermentação Induzida, considerado extraordinário. “Vamos torrar e envasar de maneira a alcançar o maior número de pessoas possível e fazer um evento com degustação gratuita”, completa.
Carlos Eduardo Bitencourt, fundador e CEO da Cafezal Specialty Coffee, em Milão, na Itália, comentou sobre a diferenciação do Cerrado Mineiro. “A região oferece uma diversidade que se reflete na qualidade dos cafés, tornando-os extremamente competitivos em diferentes gamas. Foi uma felicidade adquirir um lote de 90.1 pontos do Haroldo Veloso.”
Os lotes foram divididos nas categorias Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida, comercializados por produtores como Haroldo Barcelos Veloso, Flávio Márcio Ferreira da Silva e Beatriz Aparecida de Souza Guimarães.
Embora três países tenham participado, o mercado interno foi o que mais se destacou, com cafeterias de diferentes perfis participando ativamente. Os lotes exportados para os EUA e Itália reforçam a estratégia da RCM de competir com origens tradicionais e inovar na experiência de compra.
Segundo Juliano Tarabal, o leilão virtual ampliou a rede de negócios, conectando compradores e produtores sem barreiras geográficas. “Essa pulverização reforça a força do café como elemento cultural e econômico no Brasil. O mercado valoriza o que produzimos com tanto cuidado.”
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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