De acordo com analista, retenção de fêmeas deve manter a oferta de animais reduzida, o que colabora para dar firmeza às cotações. Confira abaixo!
A arroba do boi gordo apresenta forte recuo neste começo de dezembro. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu de R$ 283,75 para R$ 271,6 nesta terça-feira, 1º. A analista Thayna Drugowick Andrade, da Scot Consultoria, afirma que o movimento é natural deste período, já que os frigoríficos já estão abastecidos para as festividades de fim de ano (Natal e Ano Novo).
Além disso, a tendência é que a demanda por carne bovina caia nos meses de janeiro e fevereiro, a chamada “ressaca”. O fim do auxílio emergencial concedido pelo governo, que tem reforçado a alimentação das famílias brasileiras, também deve pesar sobre o consumo da proteína.
Mas, no geral, as perspectivas são bastante positivas. Este ano começou com a arroba do boi gordo na casa de R$ 190/200, segundo Thayna. Já 2021 deve começar com cotações perto de R$ 270 por arroba. Com isso, na média, o pecuarista brasileiro deve ter um ano ainda mais favorável do ponto de vista de preços.
De acordo com a analista da Scot Consultoria, o próximo ano também deve ser marcado pela retenção de fêmeas. Com isso, duas categorias — vacas e novilhas — saem do mercado e a oferta de animais para abate cai, dando firmeza aos preços.
O mercado de reposição também deve seguir firme em 2021, com baixa disponibilidade e preços em alta, o que merece a atenção do produtor, pois o bezerro representa uma grande parcela dos custos.
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As exportações de carne bovina do Brasil somaram 167 mil toneladas em novembro, de acordo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse é o maior volume da história embarcado em um mês de novembro.
Mas, no mesmo dia em que se confirmaram exportações recordes, o preço da arroba do boi gordo no indicador Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) recuou mais de R$ 12,15, saindo de R$ 283,75 para R$ 271,60 por arroba.
A diretora da Agrifatto Consultoria, Lygia Pimentel, afirma que essas vendas para o mercado internacional em novembro foram fechadas até 60 dias atrás, o que mantinha os preços em até muito recentemente. De acordo com ela, o recuo das cotações reflete uma possível queda nos embarques a partir da segunda semana de dezembro, por conta do dólar mais fraco.
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Lygia destaca que o movimento é natural desta época do ano. “É tanto por questão sazonal. No Oriente, temos o congelamento dos portos, no mundo cristão, menos dias úteis e o Ano Novo chinês”, comenta.
Segundo a analista, o melhor preço para pecuarista pode ter ficado para trás por conta do recuo das exportações. “Entretanto, a oferta está bastante curta e vai continuar assim em 2021”, diz.
Fonte: Canal Rural, Agrifatto e Scot Consultoria
