Fêmeas das raças Gir Leiteiro e Sindi participam dos testes na Fazenda Escola da Fazu, em Uberaba (MG); objetivo é tornar pecuária leiteira mais econômica e sustentável.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) iniciou a 1ª Prova de Produção de Leite Tropical, com propósito de avaliar o desempenho produtivo de fêmeas primíparas (que vão parir pela primeira vez), sob o mesmo ambiente e em sistema de produção econômico, em clima tropical.
Participam desta edição 13 novilhas Gir Leiteiro e três Sindi, de diferentes criatórios de Minas Gerais. Com partos previstos para o mês de novembro, os testes foram iniciados em agosto, na Fazenda Escola da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba/MG). As fêmeas foram colocadas em pastagem e recebem suplementação periódica. Após os partos, os bezerros serão retirados para que as mães produzam leite sem bezerro e sem ocitocina.
Segundo especialistas, o uso indiscriminado de ocitocina, além de não ser economicamente sustentável, pelo custo diário com o medicamento, pode ocasionar problemas reprodutivos no futuro. Além disso, sob a ótica de seleção, induzir os animais à produção de leite condicionado à aplicação desse fármaco pode ocultar a real capacidade produtiva individual e tornar os animais dependentes dessa prática, que difere do que seria a extração láctea fisiológica.
“Expondo as novilhas a esse desafio, poderemos não somente fazer comparações entre elas, mas também fazer com que o perfil endócrino individual seja ajustado para que se sustentem produções de leite nas mais variáveis condições ambientais futuras. Assumiu-se a necessidade de submeter o zebuíno leiteiro em tais condições, principalmente pelo estágio de seleção no qual as raças se encontram, onde se faz necessário o aprimoramento da capacidade produtiva delas para serem consideradas em sistemas de produção de leite comercial”, ressalta a Gerente do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos Leiteiros da ABCZ (PMGZ Leite Max), Mariana Alencar.
Fonte: Assessoria ABCZ
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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