171,3 milhões de toneladas e uma safra dividida pelo clima

Do Mato Grosso para cima, o cenário impressiona: lavouras saudáveis, grãos de qualidade e recordes sendo escritos em cada hectare

Nas últimas semanas, enquanto percorríamos o país, ficou claro que o clima é o grande divisor de águas desta safra. Literalmente. Do Mato Grosso para cima, o cenário impressiona: lavouras saudáveis, grãos de qualidade e recordes sendo escritos em cada hectare. Mas, ao cruzar a linha que corta São Paulo e Mato Grosso do Sul, é como entrar em outro Brasil.

No Sul do Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, o cenário é bem mais desafiador. Desde dezembro, as chuvas começaram a falhar. E não foi só a seca: o calor intenso também teve um papel cruel.

O lado positivo: resiliência e recordes no Centro-Norte

Mas é no Mato Grosso que encontramos a outra face dessa safra. A consistência das chuvas e um manejo exemplar resultaram em uma produtividade surpreendente: mais grãos por planta, excelente peso e controle impecável de pragas e doenças. Pela primeira vez, o estado alcança 50 milhões de toneladas de soja – um marco histórico.

Quando analisamos os números gerais, revisamos nossa estimativa para 171,3 milhões de toneladas, uma redução de 900 mil toneladas em relação à previsão inicial. Mas, mesmo com perdas pontuais, a safra ainda será marcada pela força do Centro-Norte, que compensa as dificuldades do Sul.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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