Outros 17 animais apresentam comprometimento do fígado e estão em tratamento, a análise indica presença de crotalária na aveia fornecida.
Grãos de aveia contaminados com crotalária mataram 13 cavalos no Distrito Federal, informou a Secretaria de Agricultura local. “Outros 17 animais passaram por análises bioquímicas e demonstraram um comprometimento hepático, mas estão em tratamento e passam bem, diz o órgão.
Os casos identificados aconteceram no Gama, Recanto das Emas, Taguatinga e Núcleo Rural Tabatinga, região de Planaltina. Também foram registradas mortes em Formosa (GO).
Quando a equipe técnica da pasta chegou aos locais, criadores relataram animais apresentando anorexia (falta de apetite), cabeça baixa e andar errante. “Investigamos o caso e descobrimos, em conjunto com a Universidade de Brasília, que tratava-se de uma intoxicação alimentar, vinda do consumo de aveia contaminada com crotalária”, comunica, em nota.
A planta é largamente usada na agricultura como adubação verde. De acordo com o órgão, provavelmente o produtor não fez a separação e classificação dos grãos ou não tratou corretamente das plantas espontâneas durante o cultivo de aveia. “E esse produto contaminado chegou aos criadores de cavalos, que a utilizaram para alimentação”, explica a secretaria.
O agricultor responsável pela produção já foi notificado pela pasta. No entanto, ainda há risco de intoxicação de outros animais.
A planta
Embora visíveis a olho nu, as sementes dessa planta, pretas e parecidas com feijões pequenos, muitas vezes passam despercebidas pelo criador de equinos. “Os agricultores costumam plantar a crotalária para fixar nitrogênio na terra”, explica a subsecretária de Defesa Agropecuária, Daniele Araújo.
A crotalária produz uma substância secundária conhecida como alcaloide pirrolizidínico, que ataca diretamente o fígado, envenenando o sangue e sistema nervoso. Os animais podem ser salvos dependendo do porte, resistência e até mesmo da quantidade do consumo da aveia contaminada.
A Intoxicação
A Secretaria de Agricultura explica que, embora visíveis a olho nu, as sementes de crotalária podem passar despercebidas pelos criadores. “Os agricultores costumam plantar a crotalária para fixar nitrogênio na terra”, disse a subsecretária de Defesa Agropecuária.
“A gente suspeita que tenham plantado a aveia logo após uma retirada malfeita da crotalária. Então, ela rebrotou junto com a aveia e, na colheita, tudo se misturou.”
A crotalária produz uma substância secundária conhecida como alcaloide pirrolizidínico, que ataca diretamente o fígado, envenenando o sangue e o sistema nervoso. Os animais podem ser salvos dependendo do porte, resistência e até mesmo da quantidade do consumo da aveia contaminada. No DF, a população de equinos é de cerca de de 20,4 mil animais.
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- Mal-estar geral
- Cabeça baixa
- Irritação
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- Galope sem rumo
O que fazer?
A Secretaria de Agricultura informou que alterações no comportamento dos animais ou desconfiança em relação à ração devem se comunicadas para a pasta pelo telefone (61) 3340-3862.
Compre Rural com informações do G1