04 indicadores a serem monitorados em um confinamento de gado de corte

Qualquer falha de processo de confinamento pode ser crucial para determinar o resultado dos animais e, consecutivamente, da fazenda. 

Sabemos que sem um direcionamento qualquer empresa perde o rumo. Por isso, é fundamental definir metas e avaliarmos constantemente se elas são atingidas, só assim é possível aprimorar diariamente os processos que  executamos, para garantir que o negócio atinja o resultado esperado.

No confinamento, podemos dizer que isso é acentuado, pois nesse sistema intensivo, com a margem de lucro estreita, qualquer falha de processo pode ser crucial para determinar o resultado dos animais e, consecutivamente, da fazenda. 

Quatro práticas para aprender com os confinamentos do PR no Confina Brasil

A Gestão da Rotina de Confinamento já foi discutida no nosso blog anteriormente, nesse texto citamos importância da avaliação dos desvios de carregamento, fornecimento e consumo, que devem ser controlados diariamente em busca de resultados mais efetivos.

Hoje vamos discutir mais quatro indicadores que, aliados a esse monitoramento das rotinas, serão fundamentais para você garantir o resultado produtivo e financeiro no seu próximo giro.

Controle da eficiência

Vemos uma preocupação muito grande dos gestores em utilizar o ganho de peso como principal indicador para mensuração de sucesso produtivo dos animais.

Mas na verdade, só esse dado não é suficiente para definir completamente a capacidade produtiva do animal.

Para uma análise mais aprofundada, podemos utilizar dois indicadores que levam em conta consumo, ganho de peso e rendimento de carcaça, são eles:

  • Conversão alimentar que é a relação do quanto de alimento o animal precisa ingerir (MS) para que ganhe um quilo de peso vivo.
  • Eficiencia biológica que representa o quanto o animal precisa consumir (MS) para produzir uma @.

Esses indicadores são parecidos, mas seus resultados nos levam a caminhos diferentes e uma análise combinada dos dois é o indicado para saber, além da eficiência desse animal em produzir, o quanto dessa produção do animal é convertida efetivamente em rendimento de carcaça. 

Essa análise se torna mais relevante a partir do momento que entendemos que animais com maior eficiência, apresentam menor custo para seu ganho de peso, pois eles precisam consumir menos alimento para aumentar o peso de carcaça.

Inclusive sendo essa eficiência o fator que pode ser usado para seleção de melhores animais para os próximos giros.

Gestão dos custos

Além do controle da eficiência dos animais, uma gestão dos custos bem feita, é essencial para que a lucratividade da atividade seja garantida.

Com isso, devemos saber o custo total do negócio, mas não só isso, deve-se separar os tipos de custos entre custos do trato e custos indiretos para entendermos o que tem pesado mais no bolso e consequentemente fazer uma gestão mais efetiva do orçamento. 

A partir disso, três parâmetros que devem ser observados para acompanhar a saúde financeira do seu confinamento são:

  • Custo do trato – Também chamado de  custo de nutrição, indica o quanto é gasto especificamente apenas com a nutrição animal. Tendo em vista que esse é um dos maiores custos do confinamento, é necessário que o acompanhamento seja feito levando em consideração a variação de preço dos insumos e impacto disso no lucro projetado.
  • Custo de diária do confinamento – é quanto custa a manutenção de cada cabeça por dia de confinamento, considera os custos com nutrição e operação, é um fator confiável para avaliar custo da atividade. Alterações em preço de insumos, gastos com médicos veterinários e manutenção de maquinário por exemplo, terão seu impacto refletido nesse valor.
  • Custo da @produzida –  é a divisão do custo total do período confinado, pela quantidade de arrobas produzidas. Esse indicador é bastante versátil pois abrange fatores financeiros e produtivos. Associado a outros pode nos mostrar sobre a lucratividade da atividade, bem como pode nos mostrar a efetividade do confinamento em diferentes giros, com diferentes dietas e ingredientes, validando também técnicas e ferramentas utilizadas em determinados períodos.

Como usar estes indicadores?

Com base no planejamento financeiro, definimos nossas metas de desempenho produtivooperacional e econômico da atividade.

A partir disso, o ideal é que os indicadores sejam usados como um comparativo de previsto x realizado, para que todos os interessados na fazenda acompanhe periodicamente o panorama e contribuam para atingir o plano traçado.

Esse controle tanto reduz o estresse na tomada de decisão, quanto facilita a visualização e aproveitamento de cenários favoráveis.

Sabemos que gerir as informações da fazenda para chegar nessas métricas não é uma tarefa fácil, exige tempo e dedicação do gestor entre cálculos e comparações de tabelas no fechamento de cada mês para descobrir se as metas estão sendo batidas, bem como preparando apresentações para entregar esses indicadores para todos.

Nesse ponto, o Prodap Views Prime pode ser seu aliado. Um exemplo é no relatório Consolidado de animais, que nos traz todos esses indicadores, dentre outros, em tempo real para todos os usuários da fazenda.

Esse sistema confere mais agilidade para a rotina da fazenda, pois todos tem acesso aos mesmos dados simultaneamente, fato que permite otimização do tempo que antes era gasto fazendo o fechamento dos relatórios manualmente.

Ele pode ser direcionado para uma análise mais efetiva e aprofundada dos dados, melhorando assim, a tomada de decisão a partir deles e consequentemente os resultados do seu confinamento.

Fonte: A pecuária de precisão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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