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Flagrante aconteceu em uma reserva particular na Colômbia; felino se alimenta exclusivamente de carne e dessa vez a sucuri foi alvo do seu ataque mortal!
Na semana passada o vídeo de uma onça-pintada caçando uma sucuri viralizou nas redes sociais da Colômbia e do mundo. Ainda que faça parte da dieta do felino, o tamanho da presa impressiona: observadores acreditam que a serpente media seis metros de comprimento.
O gestor da reserva La Aurora, Jorge Barragán, foi surpreendido pela cena enquanto guiava turistas em uma saída para observação da fauna local. “Na hora pude ver a onça tentando dominar a sucuri. A captura foi muito rápida, mas, ao sair da água, o felino demorou uns 40 minutos para dominar completamente a presa”, conta.
“Ele capturou a sucuri a uns 10 metros da água e deu mordidas fortes para abatê-la. O felino ficou no local por um tempo, mas assim que saímos ele escondeu a presa em uma pastagem alta”, detalha Jorge, que no dia seguinte ao flagrante registrou o felino dividindo a presa com o filhote.
O vídeo mostra uma onça-pintada predando uma sucuri de seis metros de comprimento. De acordo com o observador, o felino demorou para conseguir dominar a serpente, mas teve sucesso na predação!
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Dá uma olhada neste flagrante feito pelo fazendeiro Jorge Barragán, na Colômbia.
Onças na reserva
Localizada no leste da Colômbia, no departamento de Cesanare, a Reserva La Aurora é uma fazenda de gado que também realiza ações de conservação da biodiversidade. “Atuamos com a conservação do ecossistema e toda diversidade associada através do ecoturismo e monitoramento de onças”, explica Jorge, que destaca as pesquisas realizadas com o felino.
“Em 10 anos de monitoramento registramos uma população histórica de 44 indivíduos. Hoje, de acordo com o registro mensal de armadilhas fotográficas, identificamos de 8 a 10 onças no local”, conta.
Desde 2014 pesquisadores da Fundação Panthera colaboram com a instalação de câmeras na região, análises dos dados obtidos e implementação de estratégias de conservação. “Também atuamos com o turismo de observação de onças. Em 2019, durante a seca, tivemos 48 avistamentos. Neste ano o número de observações passa de 30”, revela.
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Assim como os felinos, as aves encontram abrigo na reserva. “Aqui também é uma Área de Interesse para Conservação de Aves: 300 espécies foram registradas”, comenta o gestor, que lista outros animais observados no local. “Já avistamos veados, tamanduás, micos, sucuris, capivaras e ariranhas, além de uma grande variedade de peixes”.
Tal diversidade é garantida pela geografia da reserva, localizada entre os rios Chire e Ariporo. “Pertencemos à grande bacia do rio Orinoco, onde predomina a Savana. Temos temperatura média de 25 graus, com dois períodos muito marcados: a estação seca, entre novembro e abril, e a chuvosa, que vai de maio a outubro”, completa Jorge.
Compre Rural com informações do G1