
Goiano de Rio Verde usa câmera de videogame e impressora 3D para desenvolver a prótese de casco. Modelo foi apresentado durante a Tecnoshow 2019.
O médico veterinário Murilo da Silva Freitas desenvolveu cascos feitos com a ajuda da câmera de videogame e uma impressora 3D. De acordo com ele, o projeto apresentado na durante a Tecnoshow 2019 salva a vida de animais que seriam sacrificados por ter problemas nos cascos.
“Um animal com problemas estaria muito fraco e não chegaria a ponto de abate. Muitas vezes, sentiria muita dor e não conseguiria sobreviver”, explicou.
Durante palestra na segunda-feira (8), o veterinário explicou que esse era o caso de uma vaca usada como teste para o projeto. Batizada de Manhozinha, ela teve um excesso de produção de casco, segundo o especialista, provavelmente por causa de excessos de proteína na alimentação. Assim, houve acúmulo de matéria orgânica, o que levou a infecções e proliferação de bactérias.

“Ela sentia muita dor, não conseguia apoiar a pata. Em cinco dias usando a prótese já está apresentando uma melhora na postura. Ainda manca um pouco, mas já consegue se apoiar melhor”, observou. O veterinário também esclareceu que a prótese pode ser usada na aplicação de medicamentos. Alguns podem ser colocados dentro da estrutura e causam um resultado melhor no tratamento.
Murilo explicou que a prótese é personalizada para cada animal. O preço de custo é de R$ 385, o que ele considera acessível para o produtor que acaba não perdendo o animal. Ele conta que utilizou o poliácido lático (PLA), considerado um plástico de resistência significativa, com capacidade para suportar até 380 quilos. A partir desse teste e dos ajustes, o médico veterinário espera serem feitas mais melhorias para, em breve, lançar a tecnologia no mercado.