Infecção por Francisella é grave e pode causar mortalidade de até 80%; entre as vantagens, vacinas autógenas são customizadas e protegem contra mais de um tipo de bactéria
O cultivo de tilápia conquista cada vez mais espaço na piscicultura brasileira. O país já é o 4º maior produtor mundial. Em 2020, foram 486.155 toneladas. “Mais do que nunca, é preciso ter atenção especial às enfermidades, que podem causar prejuízos à espécie, além de manchar a imagem da atividade. Um dos mais importantes desafios sanitários da tilápia é a franciselose”, informa Paulo Ceccarelli Jr., coordenador técnico e vendas Acqua SANPHAR/IPEVE. “A infecção causada pela Francisella noatunensis subsp orientalis, grupo de bactérias gram-negativas, com sinais clínicos inespecíficos, que necessita de diagnóstico laboratorial, pode ocasionar manifestações agudas, com altas taxas de mortalidade (cerca de 80%) ou se manifestar de formas subaguda ou crônica, causando baixa mortalidade de forma prolongada e, assim, comprometendo o desenvolvimento dos peixes ao longo de seu ciclo de produção.
Paulo Ceccarelli Jr. explica que as infecções por Francisella ocorrem especialmente no inverno. “Essas bactérias apresentam grande taxa de infectividade e, com a queda das temperaturas abaixo de 24°C, a tilápia tem queda metabólica e redução alimentar, o que prejudica o seu sistema imunológico. Com isso, está aberta a oportunidade para infecção de peixes mais debilitados, que passarão a infecção aos demais”. Entretanto, embora essa seja uma doença de períodos de baixas temperaturas ou fases iniciais de cultivo (alevinos e juvenis), o coordenador técnico e vendas Acqua SANPHAR/IPEVE alerta sobre os registros da infecção em temperaturas até 28°C e em peixes em fase de terminação e engorda.
O especialista reforça que a melhor maneira de evitar a infecção e, consequentemente, impedir os seus danos, é a prevenção por meio de vacinas. “Não existe momento ideal para início da vacinação, que pode variar de região para região e de propriedade para propriedade, de acordo com a duração do ciclo de produção. O ideal é que todos os peixes que em alguma fase de sua criação enfrentem algum período de baixa temperatura sejam vacinados na fase inicial de criação”, completa Ceccarelli.
- Veja o touro que surpreendeu à todos!
- Touro Nelore valoriza e chega a quase R$ 2 milhões
- 60% dos pecuaristas em atividade vão desaparecer em 20 anos
- Cota de touro Nelore é vendida por mais de R$ 1 milhão
- Raçador Backup: Touro Nelore nos deixou há três anos
- TOP 10: Melhores Touros Nelore de 2018
Considerando os desafios crescentes da Francisella, a IPEVE, linha de vacinas autógenas e diagnósticos da SANPHAR saúde animal, referência no desenvolvimento e fabricação de vacinas autógenas oferece máxima proteção com vacinas autógenas bivalentes contra a Francisella, customizadas de acordo com os desafios de cada propriedade, podendo conter, inclusive, mais de uma cepa da bactéria ou de bactérias diferentes.
“A vacina autógena para tilápia proporciona custo-benefício positivo aos produtores, caso sejam identificados mais de um problema na produção”. Para isso, em primeiro lugar é preciso identificar o problema por meio de peixes sintomáticos ou mortalidade fora dos padrões aceitáveis. Depois, coletam-se amostras para envio ao laboratório de diagnóstico, que isolará e identificará os agentes patogênicos. Após a identificação do(s) problema(s), a SANPHAR/IPEVE encaminha o laudo de diagnóstico e prescrição de vacinas ao produtor, com pedido de autorização de fabricação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (MAPA). Recebendo a autorização, as vacinas são produzidas e aprovadas pelo controle de qualidade do SANPHAR/IPEVE e enviadas ao produtor para aplicação nos peixes. A vacinação é realizada por injeção individual, com seringas automáticas e de fluxo contínuo. A média de proteção é de cinco a sete meses, tendo início imediato em sua imunização. A segurança é total.