Vacas têm “melhores amigas” e sofrem com separações, revela pesquisa

Pesquisa realizada em uma universidade do Reino Unido revela laços sociais complexos nos bovinos, ou melhor, podemos afirmar que as vacas têm “melhores amigas”.

A ideia de que as vacas formam laços profundos com companheiras específicas pode parecer algo incomum, mas pesquisas científicas têm comprovado que esses animais possuem relações sociais complexas e que a separação de suas “melhores amigas” pode causar estresse. Essa descoberta desafia a percepção de que as vacas são apenas criaturas plácidas e indiferentes, mostrando que, na verdade, elas possuem personalidades distintas e hierarquias sociais.

Pesquisas confirmam: vacas têm melhores amigas

Pesquisas realizadas pela Universidade de Northampton revelaram que as vacas não apenas criam vínculos com companheiras específicas, mas também demonstram sinais de estresse ao serem separadas delas. Confira as informações aqui no Compre Rural, com os principais pontos sobre a pesquisa.

Um estudo conduzido pela cientista Krista McLennan investigou como a frequência cardíaca dos animais variava em diferentes situações:

  • Quando estavam sozinhas;
  • Quando estavam com sua parceira preferida;
  • Quando estavam com outros animais desconhecidos.

Os resultados foram claros: na companhia de sua melhor amiga, os níveis de estresse das vacas diminuíam consideravelmente. Isso foi evidenciado pela redução na frequência cardíaca, indicando um estado mais relaxado e confortável.

A influência dos laços sociais no bem-estar animal

O estudo trouxe à tona um aspecto que muitos pecuaristas e observadores do comportamento animal já haviam notado: dentro dos rebanhos, as vacas formam grupos de afinidade e apresentam personalidades distintas. Essa constatação é importante, pois o bem-estar dos animais tem impacto direto na produtividade da pecuária.

“A felicidade e o bem-estar dos animais podem aumentar a produção. O leite, por exemplo, pode ficar melhor sem o estresse,” afirmou McLennan ao jornal Daily Mail na época da publicação de sua pesquisa. A recomendação da cientista é que os pecuaristas observem e respeitem os comportamentos sociais naturais de suas vacas.

A ciência por trás de uma postagem viral

A ideia de que vacas têm melhores amigas e ficam tristes ao serem separadas viralizou nas redes sociais, sendo amplamente compartilhada por amantes dos animais e defensores do bem-estar animal. Embora essa frase tenha se popularizado em tom de curiosidade, ela é fundamentada em estudos científicos que demonstram a importância dos laços sociais para o bem-estar dos bovinos.

Impactos na pecuária moderna

Para o setor pecuário, entender o comportamento social das vacas vai além de uma curiosidade: trata-se de uma oportunidade de melhorar a produtividade e o manejo dos rebanhos. Ao criar condições para que os animais convivam com seus grupos preferidos, os pecuaristas podem reduzir os níveis de estresse, o que impacta positivamente a produção de leite e carne.

Essas descobertas são um convite para que os pecuaristas reconsiderem práticas tradicionais e adotem um manejo mais empático e eficaz, reconhecendo que as vacas não são apenas produtoras de leite ou carne, mas também seres sociais com necessidades emocionais.

A ciência confirma: vacas têm melhores amigas e, sim, sofrem quando separadas delas. Esses laços sociais não apenas desafiam percepções antigas sobre o comportamento dos bovinos, mas também abrem caminho para práticas mais humanizadas e produtivas na pecuária. Ao respeitar os vínculos naturais das vacas, os pecuaristas não só promovem o bem-estar animal, mas também colhem os frutos de uma produção mais eficiente e de qualidade.

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