Uma vaca Girolando meio sangue, de Santa Teresa, produziu 100 mil quilos de leite registrados no Controle Leiteiro Oficial; Ortiga está entre as sete vacas do país que atingiram a marca.
Uma vaca Girolando meio sangue, de Santa Teresa, produziu 100 mil quilos de leite registrados no Controle Leiteiro Oficial no Espírito Santo. A vaca Ortiga bateu um recorde e se tornou a primeira vaca a atingir essa marca no Espírito Santo. No Brasil, somente mais seis animais atingiram esse volume de produção.
A vaca Ortiga bateu o recorde de lactação oficial no acúmulo de sete lactações em dez anos de vida. Responsável por 80% do leite produzido no Brasil, a raça Girolando tem como diferenciais a alta produtividade, rusticidade, precocidade, longevidade e fertilidade, além da alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima.
Fiore Ortiga 6161 é de uma fazenda em Santa Teresa. Ela nasceu do cruzamento de um touro Gir com uma Holandesa, que é descendente de Celsius, um dos touros que mais imprimiu leite em suas filhas, conta Joedson Scherrer, técnico da Associação de Criadores e Produtores de Gado de Leite do Espírito Santo.
“Ela está na sétima lactação e, certamente, passará da décima lactação, portanto esse número tende a subir”, avalia Scherrer.
De acordo com Scherrer, a alta produção é uma vitória para o Estado. “A pecuária de leite, historicamente, se concentra em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Essa marca mostra que estamos no caminho correto, principalmente no melhoramento genético em gado de leite”, explica.
Tudo começou da década de 60, quando o Sr. Florentino Corteletti começou a adquirir tourinhos da raça Holandesa em São Paulo para melhorar o rebanho de sua propriedade.
Três grandes momentos registram o fortalecimento da marca: a partir de 1972 a inseminação artificial é empregada para ampliar a base do rebanho; em 1987 é introduzida a técnica de transferência de embriões e a partir de 2008 o uso da fecundação in vitro aumenta o potencial genético de produção.
“Desde 1985, começamos a produzir o Leite Fiore Tipo A e com o passar dos anos foram criados vários produtos que hoje compõe um mix variado de oferta ao consumidor, seja de lácteos fermentados ou de queijos”, finaliza Marcos. Este é especial porque a Fiore comemora três grandes datas: o grupo faz 50 de melhoramento, 30 anos de laticínio e 29 anos de controle leiteiro oficial.
Sobre a Raça
Produção Leiteira
Graças aos constantes investimentos em melhoramento genético feito pelos criadores, as vacas Girolando vêm registrando um crescente aumento na produção de leite. Considerando a produção de leite em até 305 dias, em 2000 a produção alcançava 3.695 kg, já em 2019 foi de 5.671 kg. Isto representa um aumento de 53% no período de 18 anos.
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O pico de produção de leite chega até os 8 anos, e produz satisfatoriamente até aos 15 anos de idade.
Habilidade Materna
Os bezerros Girolando possuem grande velocidade de crescimento, atribuídos à habilidade materna, à herança genética, à rusticidade e à precocidade. Apresentam boa saúde desde o nascimento, fator crucial para o sucesso da criação. A docilidade do Girolando também deve ser destacada, o que facilita no manejo dos animais, chamado de “temperamento leiteiro”.