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O serviço realizado pelo drone faz com que seja possível reduzir custos e evitar o contato com as substâncias químicas dos agrotóxicos.
Era por volta das 6h45min da última quinta-feira, dia 21, quando a família Gocks, de Linha Ferraz, viu o drone pulverizador alçar voo e iniciar o seu trabalho na propriedade. Considerado uma novidade na região, o equipamento foi utilizado para secar o milheto, que posteriormente será utilizado como adubo orgânico e cobertura para o plantio de tabaco.
Na propriedade, o casal Carlos e Sirlei Gocks conta com a ajuda de Silomar Flemming para auxiliar nos trabalhos da roça. A família tem como carro-chefe o tabaco. Segundo Silomar, o serviço realizado pelo drone fez com que fosse possível reduzir custos e evitar o contato com as substâncias químicas dos agrotóxicos.
“A gente já tinha ouvido falar sobre este drone, então contatamos os responsáveis para fazer a aplicação aqui na propriedade. Pelo tamanho do milheto, o trator não ia conseguir passar, pois a terra estava molhada e iria deixar muitos rastros, afetando o solo. Além disso, um benefício é que não temos contato com o veneno, o que é muito importante para a saúde”, ressaltou o agricultor.
Em relação aos gastos e ao tempo despendido na atividade, Flemming ressalta que o drone levou cerca de duas horas para pulverizar os cinco hectares de milheto, muito menos do que quando passava com trator, em que levaria o dia inteiro. Ainda, o agricultor projetou uma economia de 50% no veneno utilizado por hectare. Alguns dias após a aplicação, já foi possível observar que o produto pulverizado havia surtido efeito, o que fez a família ficar satisfeita com o trabalho.
Tecnologia no campo
Responsáveis pela empresa Agro 4.0, os irmãos Arlindo e Alex Aretz fizeram a aplicação em Linha Ferraz. Conforme Arnildo, o trabalho é dividido em duas etapas, sendo a primeira o mapeamento da lavoura dias antes de aplicar o veneno através de imagens aéreas. “Realizamos sempre um levantamento de imagem, pelo qual criamos os mapas de aplicação que são produzidos em um software. Temos que cuidar a questão do clima, para ter uma temperatura ideal no voo, umidade boa e velocidade do vento, pois esses são os fatores principais para uma aplicação com qualidade”, ressalta Arnildo, que complementa frisando ser a aplicação na propriedade a segunda etapa do trabalho.
No drone, cada tanque possui 10 litros de calda para cada hectare. A bateria tem duração de 10 minutos, conseguindo pulverizar de 0,6 a 1 hectare, tendo vida útil de trabalho. Após seu uso, elas são devolvidas e adquiridas outras. Ainda, o responsável pelo drone conta que os produtores não têm nenhum contato com o serviço, o que lhes faz ficar longe de uma possível intoxicação com os agrotóxicos.
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“Temos o suporte para a preparação da calda dos produtos, além da utilização dos EPIs. Assim, o produtor apenas gerencia a sua propriedade, sem ter o contato de qualquer produto. A tecnologia vem avançando a cada dia no nosso mundo e na agricultura não pode ser diferente”, finaliza.
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Fonte: Portal Arauto