Atualmente, o Brasil é um país importador de trigo. Mas a Universidade Federal de Viçosa (MG) registrou a sua segunda variedade de trigo e projeta a autossuficiência nacional.
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) acaba de obter, no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o registro de sua segunda cultivar de trigo. A variedade, chamada de UFVT N2401, foi selecionada a partir de dados de 14 ambientes de Minas Gerais. Ela é recomendada para o cultivo em regiões tropicais para o sistema de produção irrigado e se destaca pela precocidade, elevado rendimento de grãos e qualidade de farinha para a indústria de panificação.
A semeadura recomendada é entre os meses de abril e maio. A demanda é para cultivares de ciclo curto, uma vez que há um intensivo sistema de produção em área de irrigação sob pivô central.
O desenvolvimento da cultivar foi realizado no Programa Trigo UFV, vinculado ao Departamento de Agronomia e coordenado pelo professor Maicon Nardino. Ele lembra que esta segunda variedade foi desenvolvida praticamente 20 anos depois da primeira, em 2005 e, agora, já há outras linhagens em fase final de avaliação.
“O Programa tem avançado bastante com aplicação de estratégias tradicionais e modernas de melhoramento para o desenvolvimento de novas cultivares de trigo para a região tropical. Muito em breve, novas cultivares competitivas estarão no mercado para atender às demandas do setor no Brasil”, diz o professor.
Maicon Nardino destaca ainda que o Programa tem como objetivo o treinamento de estudantes de graduação e dos programas de pós-graduação em Fitotecnia e em Genética e Melhoramento de Plantas. “Procuramos alinhar as pesquisas com desenvolvimento de inovações demandadas pelo mercado do setor tritícola das regiões tropicais, sobretudo, quanto aos estresses abióticos e ao aumento de resistência genética a brusone – doença extremamente agressiva e frequente nessas regiões”, afirma.
Ao desenvolver novas variedades, os pesquisadores da Universidade buscam otimizar as gerações de melhoramento com o emprego de ferramentas de fenotipagem de alto rendimento e genotipagem via marcadores moleculares.
Promessa para o Agro
Atualmente, o Brasil é um país importador de trigo. No entanto, em trabalhos realizados em parceria com as universidades da Flórida e de Munique, os pesquisadores da UFV identificaram uma área potencial para o cultivo de trigo próximo a 2,5 milhões de hectares, o que levaria o país à autossuficiência.
“A obtenção de área potencial é o primeiro passo para o aumento de produção em busca da autossuficiência, mas ainda há necessidade de tornar o trigo nacional um cereal competitivo frente aos argentinos. Nesse sentido, os trigos produzidos em regiões tropicais têm demonstrado maior competitividade pela elevada qualidade industrial, rendimento de grãos e pela época antecipada de entrada no mercado”, explica o professor Maicon.
Com UFV
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