Touro Gir Leiteiro RBB Destino FIV é filho de um dos touros mais disputados dos últimos tempos pelas centrais de inseminação e valorizado em quase R$ 1 milhão
Atualmente, o Gir Leiteiro está em rápido desenvolvimento, sendo uma excelente opção para a pecuária leiteira em países tropicais, devido à sua adaptação às condições econômicas e ambientais locais. A demanda por animais e sêmen da raça cresce no Brasil e no mundo tropical, especialmente para cruzamentos com raças europeias, visando aumentar a rusticidade, vigor e docilidade sem prejudicar a produção de leite, melhor exemplo disso é a produção de vacas Girolando.
A história do Gir no Brasil está ligada à sua capacidade de adaptação e produção leiteira. Originalmente criado para o trabalho e para a produção de leite, o Gir passou por processos de seleção que aprimoraram seu desempenho. Hoje, a raça é valorizada por sua aptidão leiteira e pela carne de alta qualidade, sendo criada em diversos estados brasileiros.
O Gir Leiteiro produz, em média, 3.600 kg de leite em 305 dias, três vezes mais que a média nacional (1.237 kg). Além disso, a raça se adapta bem ao clima e manejo locais e se destaca pela alta produção de sólidos no leite, com médias de 4,2% de gordura e 3,1% de proteína.
Praticamente todas as centrais de inseminação que atuam no país tem em sua bateria de touros leiteiros o Gir, componente fundamental para o desenvolvimento da Pecuária Leiteira. Um dos recentes touros que mais chamam a atenção na bateria da Alta Genetics é RBB Destino FIV, sua força leiteira, equilíbrio e expressão racial são suas principais características.
RBB Destino FIV é um touro Gir Leiteiro, nascido em 2/12/2020, filho de Dragão TE (in memoriam), líder do Sumario da Gir Leiteiro de 2017 na matriz RBB Carbonara 2 FIV, animal tem na sua genealogia os maiores touros da raça Gir, entre eles: CA Sansão, Radar dos Poções e Jaguar TE do Gavião.
Outra característica fundamental do reprodutor é ser capaz de viabilizar em suas filhas a produção de leite com beta caseína a2a2, proteína do leite que melhora a digestibilidade. Quando o leite não contém essa proteína, pode formar um peptídeo no sistema digestivo que as enzimas do corpo não conseguem quebrar, causando sintomas alérgicos como coceira, diarreia e vômitos. Por isso, há uma crescente busca por leite com beta caseína A2A2.
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A fruta nunca cai longe do pé. Seu pai, Dragão TE é da linhagem do Sansão x Radar, filho de um dos maiores touros raçadores desse país, Sansão foi 10 vezes o primeiro do Ranking Nacional e a parece que sua genética vai continuar no topo.
RBB Destino FIV é fruto do trabalho de melhoramento genético da Fazenda Floresta de Roberta Bertin Barros. A fazenda fica no município de Lins, interior paulista, onde conta com laboratórios de FIV e produz 15.000 litros de leite/dia. Graduada em Veterinária e Administração e pós graduada em Análise Clínica Veterinária a empresária é representante da Abraleite e da Girolando, em São Paulo e faz parte da Federação Internacional do Leite e do Fórum Agro Paulista.
Roberta é zebuzeira, recebeu em 2022 o prêmio Mérito Expogenética ABCZ, mais alta condecoração concedida pela entidade, homenagem da ABCZ para quem faz da paixão do zebu a força que nos move na direção de uma pecuária cada vez mais desenvolvida e reconhecida no Brasil e no mundo. Um merecido reconhecimento a quem acredita e faz da pecuária uma das principais forças motrizes do mundo.
A pecuarista e selecionadora construiu uma rede de atuação no agro que vai desde a produção de genética a partir das raças Gir Leiteiro e Girolando. “Quando trabalhamos com o que amamos, não é apenas um trabalho, é uma realização. Embora a minha família estivesse envolvida na seleção de gado de corte, eu decidi me especializar na seleção de gado leiteiro, em particular as raças Gir Leiteiro e Girolando. E o principal motivo que me impulsiona a trabalhar na atividade pecuária foi a minha paixão pelos animais. Os meus olhos brilham quando estou perto deles e sou muito grata a Deus por ter nos presenteado com a vaca, um animal tão especial”, assegura a pecuarista.
Como veterinária, ela não abre mão de cuidar pessoalmente dos bezerros que nascem na Fazenda Floresta, acompanhando-os em seu crescimento, e também das vacas em lactação que, segundo ela, “produzem o nobre alimento, que é o leite”. Atualmente, o rebanho é composto por 300 doadoras Gir Leiteiro, 600 vacas em lactação e 1500 animais jovens na recria entre Gir Leiteiro e Girolando.
Com o uso de tecnologias avançadas, o criatório realiza uma seleção fenotípica contínua, focando no desenvolvimento de matrizes com excelente desempenho reprodutivo, consistência genética e alta produção de leite. Por meio da técnica de produção in vitro de embriões, as matrizes são acasaladas com base em testes de progênie e análises genômicas, gerando animais de altíssima qualidade.
O sistema de produção de leite utiliza pastejo irrigado rotacionado com suplementação alimentar. Roberta destaca que a pecuária exige inovação constante, com tecnologias que revolucionam o setor. Os laboratórios da fazenda exemplificam como a tecnologia promove avanços, sustentabilidade e eficiência, permitindo maior produção com menos recursos.
Bem-estar animal na Fazenda Floresta
Na fazenda as vacas Girolando desfrutam de um ambiente cuidadosamente planejado para garantir não apenas seu conforto, mas também uma produção leiteira de excelência. O clima fresco e ameno proporciona benefícios inestimáveis para nossas adoráveis companheiras:
- Bem-estar em primeiro lugar: Com temperaturas ideais, a vacas desfrutam de um ambiente livre de estresse térmico, promovendo sua saúde física e bem-estar.
- Saúde em cada gota de leite: Um ambiente confortável contribui diretamente para a saúde do rebanho, resultando em leite de qualidade superior, rico em nutrientes essenciais.
- Produção consistente e sustentável: Ao garantir condições ótimas de conforto, a fazenda incentiva a ingestão adequada de alimentos, o que se traduz em uma produção leiteira mais estável e sustentável ao longo do tempo.
- Qualidade incomparável: O cuidado com o clima reflete-se diretamente na qualidade do leite produzido. Menos estresse significa um produto final mais consistente, atendendo aos mais altos padrões de qualidade.
Todos esses investimentos têm levado a genética da Fazenda Floresta a atravessar as fronteiras do país e a ampliar sua participação no mercado interno. “No mercado internacional, a genética leiteira brasileira tem ganhado cada vez mais destaque e reconhecimento. As raças desenvolvidas no Brasil, como o Gir Leiteiro e o Girolando, são conhecidas por sua rusticidade, adaptabilidade a diferentes condições climáticas e boa produção leiteira. Essas características são altamente valorizadas em outros países, especialmente aqueles com condições climáticas tropicais e subtropicais”, informa.
Neste mês de janeiro a Fazenda Floresta promoveu a exportação 90 animais da raça Girolando para a Nigéria, no continente africano. O comprador é um importante agropecuarista nigeriano que visa alavancar a produção de leite.
Os bovinos, todos Puro de Origem (PO), são provenientes da fazenda, foram transportados em um voo fretado com rota ajustada para Lagos, na Nigéria. A exportação ocorreu em um voo fretado da Lufthansa Cargo, que desviou sua rota original para fazer uma parada estratégica em Lagos, na Nigéria, antes de seguir para Frankfurt.
A exportação de bovinos Girolando reafirma o protagonismo brasileiro na pecuária mundial, abrindo novos horizontes e fortalecendo a imagem do país como fornecedor de soluções para a agropecuária global.
Se a genética brasileira vai bem no exterior, no mercado nacional, observa-se também um interesse crescente em melhorar a produtividade e a qualidade do leite, o que tem levado os produtores a investir em programas de melhoramento genético e na aquisição de animais geneticamente superiores.
“Além disso, a expansão do mercado de genética leiteira tem sido impulsionada pela crescente demanda por tecnologias reprodutivas, como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial (IA), que permitem a rápida disseminação de material genético de qualidade e a melhoria do desempenho produtivo dos rebanhos”, finaliza Roberta.
Com informações de Revista Pecuária Brasil
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