“A economia de cerca de 100 milhões de reais por ano em custos de vacinação e manejo do rebanho é uma vitória significativa.”
A certificação como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação traz uma economia direta e significativa para o estado e os produtores. Segundo a Agência estadual de Defesa Agropecuária (Adab), essa transição representa uma economia estimada em cerca de R$ 100 milhões por ano. Isso se deve à redução dos custos com a aquisição de vacinas e o manejo do rebanho.
Além disso, essa nova classificação sanitária abre portas para novos mercados e agrega valor às exportações de carne da Bahia, fortalecendo o parque agroindustrial do estado, conforme destacado pela Seagri.
Paulo Sérgio Luz, diretor-geral da Adab, expressou: “A economia de cerca de 100 milhões de reais por ano em custos de vacinação e manejo do rebanho é uma vitória significativa. Mas mais do que isso, é a abertura de novos mercados para a carne da Bahia que nos enche de orgulho e expectativa. Estamos prontos para mostrar ao mundo a qualidade e a sustentabilidade da nossa produção.”
Próximos passos
Segundo a Seagri, a Bahia se destaca na pecuária nacional, figurando entre os dez maiores rebanhos do Brasil.
Com a conclusão da última campanha de vacinação contra a Febre Aftosa em abril, o estado encerra uma jornada de 146 ciclos de imunização, protegendo um rebanho estimado em 13 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos.
Os produtores têm até o dia 17 de maio para declarar a vacinação e informar a geolocalização das propriedades, o que pode ser feito pelo site www.adab.ba.gov.br ou em um dos 376 escritórios da agência nos 27 Territórios de Identidade.
Desde 1968, os produtores baianos têm mantido um compromisso contínuo com a saúde animal, alcançando índices vacinais superiores a 90% nos últimos 20 anos.
Este esforço conjunto entre a cadeia produtiva e o governo, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), resultou na suspensão da vacinação a partir de maio de 2024, após receber a nota 9,3 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) – a mais alta entre 17 estados da Federação.
Para Wallison Tum, secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, este momento representa “um marco histórico para a Bahia e para toda a nossa comunidade agropecuária. O fim da vacinação contra a Febre Aftosa não apenas encerra um ciclo de imunizações, mas inaugura uma nova era para a pecuária em nosso estado. Com a suspensão da vacinação, celebramos o resultado de décadas de trabalho árduo, dedicação e colaboração entre os produtores e o governo estadual”.
Preparação e Vigilância
A agência já deu início à vigilância sorológica para comprovar a ausência do vírus da Febre Aftosa, em conformidade com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).
Segundo informações da Seagri, a Adab conta com uma equipe composta por 172 médicos veterinários e 376 escritórios municipais, presentes em quase todas as cidades baianas, assegurando a execução do Serviço Veterinário Oficial.
Com a obtenção do Certificado Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, a Bahia se prepara para fortalecer sua produção de proteína animal, contribuindo para mais desenvolvimento e um futuro próspero para a população.
Este avanço é significativo não apenas para o estado, mas para todo o Brasil, que está progredindo no reconhecimento internacional como um país livre da doença sem vacinação.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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