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Uma excelente opção para redução dos custos com alimenta na fazenda é a Silagem de espigas (snaplage), mas é preciso colher na hora certa. Confira!
A silagem de espigas de milho (snaplage), é um alimento utilizado na dieta de ruminantes há mais de 50 anos. Seu nome de “batismo” é snaplage, termo em inglês que pode ser traduzido livremente como silagem de espigas (grãos, sabugo e brácteas). Para quem ainda não conhece, trata-se de um alimento tipo “dois em um”, misto de volumoso e fonte energética.
Na última década, este alimento ganhou certa importância, principalmente devido ao aumento do número de colhedoras autopropelidas no mercado brasileiro, o que pode ser compreendido como um ganho logístico para muitas fazendas.
Como cerca de 75% da composição é grãos e os outros 25% sabugo e palha, a snaplage é vista como um alimento energético que pode substituir o milho seco e as silagens de grãos úmidos ou reconstituídos em dietas para ruminantes (Lembrando que esta substituição exige uma profunda avaliação nutricional).
Uma vez que a maioria das fazendas depende de serviço terceirizado para a confecção desta silagem, há a necessidade de se estabelecer uma janela de corte para se adequar a chegada do prestador na propriedade com o ótimo da conservação e do valor nutritivo do alimento.
Desse modo, um experimento realizado na UFLA avaliou a snaplage colhida com 30, 35 e 40% de umidade. Como os híbridos são diferentes em termos de proporção dos componentes na espiga (grãos, sabugo e palha) e também quanto a dureza dos grãos, este experimento também avaliou 5 híbridos de milho.
Quanto a maturidade, a snaplage deve ser colhida quando a umidade estiver entre 35 e 40%, caso o objetivo for alimentar vacas em lactação. Neste estágio, o amido dos grãos e a fibra presente no sabugo e na palha são mais digestíveis, o que é fundamental para nutrir animais que apresentam alta taxa de passagem, como as vacas.
Associado a este raciocínio, o estudo também mostrou que híbridos com grãos mais macios apresentaram maior digestibilidade do amido frente aqueles com grãos duros.
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Como não houve diferença de produtividade entre os híbridos (toneladas de matéria seca/ha), depreende-se que para dietas de vacas com a inserção de snaplage, é prioritário o uso de híbridos com grãos mais macios e que a umidade da espiga deve estar entre 35 e 40%.
Para avaliar a umidade da espiga, basta determinar a umidade dos grãos e acrescentar cerca de 5% ao cálculo. Ou seja, se a umidade dos grãos for 30% a espiga terá 35%. Isso ocorre porque o sabugo é o componente mais úmido da espiga; portanto ele “adiciona” água ao alimento.
Para ter acesso ao conteúdo completo deste artigo procure por: Gusmão, J.O., Lima, L.M., Ferraretto, L.F., Casagrande, D.R., Bernardes, T.F. (2021). Effects of hybrid and maturity on the conservation and nutritive value of snaplage. Animal Feed Science and Technology, 274.
Com informações do Milk Point