
“O produtor tem preços de milho com alta acima de 40% quando comparado ao mesmo período do ano passado”
A primeira safra de milho já superou em 90% a colheita e deve ter a maior produtividade média da história para a safra. Essa é uma das informações trazidas pela Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
A estimativa para a produção da primeira safra do milho é de 2,8 milhões de toneladas – 13% a mais que a do ano passado, que foi de 2,5 milhões – em uma área menor, de 268,3 mil hectares – 9% a menos que no ano passado, que foi de 294,3 hectares – isso com uma produtividade média de 10.627 quilos por hectare, a maior da história, que se destaca diante dos 8.582 kg/ha do ano anterior.
Segundo o analista do Deral Edmar Gervásio o mercado está favorável ao produtor, que está recebendo em torno de R$ 70 a saca. “O produtor tem preços com alta acima de 40% quando comparado ao mesmo período do ano passado. E essa lavoura também teve um custo de implementação menor se comparado à anterior” afirma.
Mas os preços futuros tendem a ser menores, o analista do Deral também explica que a expectativa da safra mundial é boa e o plantio da safra dos Estados Unidos, maior produtor do cereal, inicia em abril e deve ter aumento de área.
Já as expectativas para a segunda safra da cultura não são tão boas. A falta de chuvas no mês de março somada às altas temperaturas devem afetar a safra que ainda está em desenvolvimento, mas que, por enquanto, apresenta uma estimativa de 15,9 milhões de toneladas.
As condições climáticas continuam a rebaixar as expectativas para a safra de soja. O levantamento atual prevê 21,06 milhões de toneladas. Em fevereiro a estimativa estava em 21,18 milhões. A colheita dos 5,76 milhões de hectares alcançou 90% nesta semana, dando mais confiabilidade aos números.
“No início da safra era esperada uma produção de 22,23 milhões de toneladas, entretanto a irregularidade climática em boa parte do estado impactou as produtividades”, destacou Edmar.
O fenômeno foi observado principalmente no Oeste e Norte do Estado. Essas duas regiões são responsáveis por 43% da área. Por outro lado, a região Sul tem surpreendido positivamente, com ganhos de produtividade.
Segundo o analista, a perda de 1,17 milhão de toneladas (5,3%) representa menos R$ 2,3 bilhões sendo transacionados no Estado, em valores atuais. “Mesmo com as perdas registradas no campo, a safra ainda é boa para o produtor, pois teve custos menores para realizar o plantio e o preço médio de venda este ano é aproximadamente 13% superior ao de março de 2024”, ponderou Gervásio.
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