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A queda na produção de arábica em 25/26 reflete as menores estimativas para Sul de Minas, Zona da Mata e São Paulo, onde as chuvas ficaram abaixo da média.
Com a atualização da Hedgepoint Global Markets dos números do arábica e do conilon no fim de janeiro, a projeção da safra brasileira de café 25/26 subiu para 64,1 milhões de sacas, um leve aumento de 1,1%, mas impulsionado somente pela produção de conilon, já que a expectativa para a produção do arábica é de queda.
“Após a seca e altas temperaturas entre agosto e setembro de 2024, as chuvas retornaram em outubro, favorecendo as lavouras de arábica. No mês de janeiro deste ano, as precipitações ficaram abaixo da média, embora fevereiro tenha registrado chuvas intensas”, observa Laleska Moda, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.
Regionalmente, houve variações: Sul de Minas e Zona da Mata tiveram chuvas abaixo da média em 2024 e neste início de 2025 (ainda que as chuvas de fevereiro possam mudar esse quadro), enquanto o Cerrado Mineiro manteve níveis próximos do histórico. As temperaturas ficaram acima da média de 10 anos em todas as regiões, impactando a umidade do solo.
Impactos do clima na produção do arábica
A queda na produção de arábica em 25/26 reflete as menores estimativas para Sul de Minas, Zona da Mata e São Paulo, onde as chuvas ficaram abaixo da média. Além do clima, muitos produtores aumentaram as podas para priorizar a safra 26/27, o que também reduz a produção.
“Com isso, nossa estimativa de arábica 25/26 foi reduzida de 42,6 milhões de sacas em novembro/24, para 41,1 milhões de sacas, uma queda de 4,9% em relação a 24/25”, destaca a analista.
A menor oferta pode impactar as exportações, que devem cair em comparação com os níveis recordes de 24/25. Os estoques também podem começar o novo ciclo baixos, limitando novas vendas. Segundo Laleska, no consumo interno, com preços elevados do arábica e conilon mais barato, a expectativa é de que os torrefadores possam aumentar a presença de conilon nos blends.
Perspectivas positivas para o conilon: produção cresce, mas estoques seguem baixos
As perspectivas para o conilon são positivas. No Espírito Santo, Bahia e Rondônia, o clima foi favorável, e os investimentos dos produtores impulsionaram a safra 25/26. “Com isso, nossa estimativa de produção subiu de 22,6 milhões de sacas, em novembro/24, para 23 milhões de sacas, um crescimento de 14,3% em relação a 24/25.
“Apesar disso, os estoques de passagem podem começar a nova safra em níveis historicamente baixos. Com a menor produção em outros países, como o Vietnã, projetamos um aumento nas exportações brasileiras de conilon, embora os estoques limitados possam restringir os embarques. No mercado interno, esperamos que a diferença de preços entre arábica e conilon deve estimular um maior consumo da variedade”, conclui.
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Fonte: Hedgepoint Global Markets
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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