Você sabe quais foram os 10 estados brasileiros que mais exportaram carne bovina no primeiro trimestre de 2025? Confira!
A carne bovina é um dos pilares da balança comercial brasileira, sendo um dos principais produtos de exportação do agronegócio. O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, com vendas que superam bilhões de dólares anualmente, fortalecendo a economia e gerando divisas essenciais para o país.
Mercados como China, Estados Unidos e União Europeia são destinos estratégicos, impulsionados pela qualidade e competitividade da carne brasileira, que se beneficia de um sistema produtivo eficiente e de rigorosos controles sanitários.
Nos últimos anos, a pecuária brasileira passou por significativa modernização, com adoção de tecnologias como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), melhoramento genético e rastreabilidade, aumentando a produtividade e a sustentabilidade do setor.
Esses avanços permitiram ampliar a produção sem a necessidade de expansão desordenada de áreas, atendendo tanto ao mercado interno quanto à crescente demanda global. Além disso, a abertura de novos mercados, como o recente acordo com a Coreia do Sul, reforçou o papel do Brasil como fornecedor global confiável.
O crescimento das exportações de carne bovina também está ligado à capacidade do país em atender exigências internacionais, como certificações sanitárias e ambientais. A pecuária brasileira hoje combina escala, qualidade e sustentabilidade, fatores que garantem sua competitividade no cenário mundial.
Com investimentos contínuos em tecnologia e logística, o setor deve manter sua trajetória ascendente, consolidando ainda mais o Brasil como líder no mercado global de carne vermelha. Esse crescimento é acompanhado de perto pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), criada em 1979 a entidade reúne 43 empresas do setor no país, responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais.
Recentemente a entidade divulgou quais foram os dez estados brasileiros que mais. exportaram carne nos três primeiros meses do ano, confira o gráfico: 
Brasil segue firme como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo! Em março de 2025, as exportações cresceram 30,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 248 mil toneladas embarcadas. No acumulado do 1º trimestre, o avanço foi de 12,8% no volume exportado (676 mil toneladas). Nos destinos, a China segue na liderança, com destaque também para os Estados Unidos, que ganharam ainda mais relevância.
Rússia, Israel, Filipinas e México também aumentaram significativamente suas compras no último mês. Quando olhamos para os estados que mais exportaram no trimestre, os 10 primeiros colocados mostram a força da pecuária nacional.
Os dez principais mercados no trimestre foram China (284,6 mil toneladas; 42,1% do total exportado), Estados Unidos (88 mil toneladas; 13,0%), Chile (30,5 mil toneladas; 4,5%), Hong Kong (24,1 mil toneladas; 3,6%), União Europeia (22,4 mil toneladas; 3,3%), Argélia (21,3 mil toneladas; 3,1%), Rússia (19,5 mil toneladas; 2,9%), Egito (18,3 mil toneladas; 2,7%), Arábia Saudita (14,6 mil toneladas; 2,2%) e México (13,3 mil toneladas; 2,0%).
Os estados que mais exportaram carne bovina no trimestre foram São Paulo, com 145 mil toneladas, responsável por 21,7% do total exportado pelo País, seguido do Mato Grosso (137 mil toneladas e 20,5% do total), Goiás (80,8 mil toneladas e 12% do total), Mato Grosso do Sul (74,3 mil toneladas e 11,1%) e Rondônia (61,9 mil toneladas e 98,3%).
“Os resultados registrados em março e no trimestre refletem não apenas a competitividade e a qualidade da carne bovina brasileira no mercado internacional, mas também a eficiência de toda a cadeia produtiva, desde o campo até a indústria exportadora. É fundamental destacar que apenas cerca de 30% da produção nacional é destinada à exportação, com cortes, em sua maioria, distintos dos consumidos no mercado interno. Esse processo, além de preservar o abastecimento doméstico, representa uma importante fonte de divisas para o país, contribuindo fortemente para a geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico por todas as regiões brasileiras”, afirmou Roberto Perosa, presidente da ABIEC.
A entidade ainda reforçou que todos os 27 estados brasileiros contribuem para esse desempenho de destaque no mercado mundial.
Guerra Comercial de Trump
A guerra comercial liderada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com tarifas sobre importações e conflitos com grandes parceiros como China e União Europeia, pode ter impactos ambíguos nas exportações brasileiras.
Por um lado, a disputa EUA-China abriu oportunidades para o Brasil aumentar suas vendas de commodities agrícolas (como soja e carne) para a China, que retaliou com barreiras aos produtos americanos. Por outro, o protecionismo global pode reduzir o comércio mundial e afetar negativamente a demanda por produtos brasileiros no longo prazo.
Além disso, medidas unilaterais dos EUA, como a ameaça de tarifas sobre o aço brasileiro, criaram tensões e incertezas para setores exportadores do Brasil. A retórica nacionalista de Trump também pressionou acordos bilaterais, exigindo respostas estratégicas do governo brasileiro para proteger seus interesses comerciais.
No geral, a guerra comercial trouxe riscos, mas também brechas temporárias que o Brasil soube explorar em mercados como o chinês. O cenário exige cautela, pois o protecionismo pode limitar o crescimento das exportações brasileiras em um contexto global mais fragmentado.
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