Raças de gado que você não conhecia – Parte II

Preparado para expandir seus horizontes no mundo da pecuária? Após o sucesso da primeira parte, estamos de volta com a segunda edição do nosso artigo “Raças de bovinos que você não conhecia”. Vem com a gente, vamos explorar ainda mais a diversidade surpreendente de raças bovinas ao redor do mundo; confira

O mundo das raças bovinas é vasto e diversificado, abrangendo uma ampla gama de características, desde o tamanho e a cor até a resistência a condições climáticas específicas. No entanto, mesmo para os entusiastas e profissionais do setor, ainda existem muitas raças pouco conhecidas que podem surpreender pela sua peculiaridade e beleza. Depois do sucesso da primeira parte – (veja aqui) – o Portal Compre Rural está de volta para apresentar a segunda parte das raças de bovinos que você provavelmente não conhecia.

Na primeiro conteúdo, exploramos algumas das raças menos divulgadas, destacando suas características únicas e a contribuição que podem oferecer para a indústria bovina. Agora, nesta continuação, mergulharemos em um novo conjunto de raças, algumas das quais podem ser verdadeiras descobertas para muitos. A curiosidade em torno dessas raças pouco conhecidas é imensa, pois revelam a diversidade presente no mundo bovino e como a seleção natural e a intervenção humana ao longo dos séculos deram origem a animais verdadeiramente notáveis. Vamos explorar algumas dessas surpresas do mundo bovino!

Chianina, uma das maiores raças bovinas

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A Chianina é uma raça bovina originária da região da Toscana, na Itália, e é uma das raças mais antigas do mundo. Conhecida por sua imponência física, é uma das maiores raças de bovinos existentes, com os machos adultos podendo atingir mais de dois metros de altura e pesar mais de 1,5 toneladas. Além de seu tamanho impressionante, também é apreciada por sua carne de alta qualidade, conhecida por sua maciez e sabor.

Com uma pelagem branca e um físico robusto, a Chianina é frequentemente utilizada em cruzamentos para melhorar a conformação e o ganho de peso de outras raças de bovinos, como é o caso do Nelore Myo, um experimento resultante da raça com o Nelore. Sua adaptabilidade a uma variedade de climas e seu temperamento dócil também a tornam uma escolha popular para fazendeiros em todo o mundo. Apesar de sua importância histórica e presença global, a Chianina permanece uma raça relativamente desconhecida para muitos, mas seu tamanho impressionante e suas qualidades únicas a tornam verdadeiramente digna de reconhecimento.

Maine-Anjou, a raça que mais produz gêmeos

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A raça bovina Maine-Anjou, também conhecida como Maine Monju, é originária da região de Maine, na França. Esta raça é reconhecida por sua pelagem avermelhada e branca, com manchas características espalhadas pelo corpo. Desenvolvida no século XIX, a Maine-Anjou foi originalmente criada para produção de carne, destacando-se pela sua habilidade de conversão alimentar, rápido crescimento e por sua grande propensão a nascimento gemelar.

Os bovinos Maine-Anjou são conhecidos por sua docilidade e bom temperamento, o que os torna facilmente manejáveis. Além disso, sua carne é muito apreciada pela sua maciez e sabor, sendo considerada uma das melhores carnes bovinas. Embora a raça tenha origem francesa, hoje é encontrada em diversos países ao redor do mundo, onde é valorizada tanto pela sua produção de carne quanto pela sua adaptabilidade a diferentes condições climáticas e sistemas de criação.

Nguni, o gado mais rústico da história


A raça bovina Nguni é originária da região da África Austral, principalmente da África do Sul, e é conhecida por sua resistência e adaptabilidade a ambientes adversos, sendo considerado uma raça extremamente rústica. Com uma pelagem multicolorida, que varia do preto ao castanho, passando pelo branco e até mesmo por combinações de cores, os Ngunis são animais visualmente impressionantes. Essa variação de cores também reflete uma diversidade genética que contribui para sua resiliência e capacidade de enfrentar desafios ambientais, como secas e altas temperaturas.

Além de sua rusticidade, os Ngunis são apreciados por sua carne de qualidade e produção leiteira. Esses bovinos têm sido criados por povos da região há séculos, não só como fonte de alimento, mas também como símbolo de status e riqueza. Sua importância cultural e econômica na África Austral é significativa, e sua presença em sistemas agropecuários sustentáveis continua a crescer, à medida que mais pessoas reconhecem suas vantagens em termos de eficiência ecológica e resistência.

Limousin, raça de gigantes

A raça bovina Limousin é originária da região de Limousin, na França, e é reconhecida por sua robustez, eficiência na conversão alimentar e carne de alta qualidade. Os Limousins são conhecidos por sua pelagem dourada e musculatura bem desenvolvida, características que os tornam ideais para a produção de carne magra e saborosa. Sua adaptabilidade a diferentes condições climáticas e ambientes os tornou uma escolha popular em todo o mundo.

Além de sua reputação como produtores de carne premium, os Limousins também são valorizados por sua facilidade de parto e longevidade, o que os torna uma opção atraente para criadores preocupados com a eficiência e o bem-estar animal. Sua influência genética é evidente em muitas raças bovinas modernas, e seu legado como uma das raças mais influentes na produção de carne bovina continua a crescer à medida que os desafios da agricultura moderna exigem animais mais eficientes e adaptáveis.

Texas Longhorns, raça do maior chifre do mundo

O Texas Longhorn é uma raça bovina de origem norte-americana conhecida por seus chifres longos e distintivos, que podem atingir até 2 metros de ponta a ponta em alguns casos. Originários dos Estados Unidos, mais especificamente do estado do Texas, esses bovinos têm uma história rica e fascinante. Os Longhorns desempenharam um papel vital na história da pecuária americana, sendo essenciais no desenvolvimento da indústria bovina no país durante o século XIX.

Além de sua aparência impressionante, os Texas Longhorns são apreciados por sua resistência, adaptabilidade e habilidade de sobreviver em ambientes adversos. Eles foram criados ao longo dos anos para serem robustos e capazes de se alimentar em pastagens áridas e de baixa qualidade. Embora tenham sido quase extintos no início do século XX, esforços de conservação ajudaram a revitalizar a raça, e hoje os Texas Longhorns são valorizados não apenas por sua contribuição histórica, mas também por suas qualidades únicas como animais de criação.

Impacto dessas raças na pecuária

maior raça bovina do mundo
Foto: Christiaan south africa

As diferentes raças bovinas têm impactos significativos na pecuária, influenciando desde a eficiência produtiva até a sustentabilidade ambiental do setor. Em termos de eficiência, algumas raças são selecionadas especificamente para características como rápido ganho de peso, alta produção leiteira ou facilidade de parto. Isso significa que a escolha da raça certa pode afetar diretamente a produtividade e a lucratividade de um negócio pecuário.

Além disso, as raças bovinas também têm um grande impacto ambiental. Raças adaptadas a determinadas condições climáticas podem reduzir a necessidade de insumos externos, como alimentação suplementar e medicamentos, tornando a produção mais sustentável. Da mesma forma, raças com alta eficiência na conversão alimentar podem diminuir a pegada de carbono da produção de carne.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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