
Um gigante em um corpo pequeno! Com origem na Ilha de Marajó, no Pará, a raça Puruca combina características únicas de temperamento, resistência e versatilidade, mas enfrenta desafios para sua preservação.
Na paisagem exuberante da Ilha de Marajó, no Pará, vive um animal que, apesar de seu porte diminuto, é grande em importância e habilidades: o Puruca, o menor cavalo do Brasil. Esta raça singular é fruto de cruzamentos entre fêmeas do cavalo Marajoara e pôneis Shetland, desenvolvidos para se adaptar ao ambiente pantanoso e ao clima quente e úmido da região.
Com altura variando entre 1,00 m e 1,18 m, o Puruca destaca-se pelo seu temperamento dócil e enérgico, sendo ideal para atividades em fazendas. Rústico, resistente e veloz em galopes curtos, ele é amplamente utilizado no manejo de búfalos e bovinos, além de desempenhar funções como tração e transporte de pequenas cargas. Sua capacidade de competir com os fortes búfalos da Ilha em trabalhos intensos o torna indispensável no dia a dia do campo.
Mais do que um pônei
Embora frequentemente confundido com pôneis, o Puruca é reconhecido como uma subespécie distinta, defendida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Puruca (ABCRP), com sede em Belém (PA). A associação ressalta que, apesar das semelhanças com o cavalo Marajoara, o Puruca possui características únicas que o tornam um grupo diferenciado.
Seu trote firme, disposição incansável e notável resistência em terrenos adversos o destacam entre outras raças. Ele também carrega grande valor cultural, representando uma parte importante da história e biodiversidade brasileira.

O desafio da conservação
No entanto, a raça enfrenta uma ameaça significativa: atualmente, estima-se que existam apenas mil exemplares do Puruca na Ilha de Marajó. O cruzamento desordenado tem gerado preocupação entre pesquisadores, que alertam para a perda de características essenciais, como resistência e adaptação ao ambiente local.
A Embrapa, por meio de seu laboratório na ilha, está realizando estudos para preservar a genética da raça. Amostras de DNA foram coletadas e enviadas para análise em Belém, buscando estratégias para evitar a extinção do Puruca.
Um patrimônio a ser protegido
Para os criadores, a preservação do Puruca vai além da manutenção de uma raça: é a continuidade de um legado. O mini cavalo representa não apenas a história da pecuária na região, mas também a capacidade de adaptação e resiliência da biodiversidade brasileira.
Proteger o Puruca é valorizar uma parte única da cultura e do meio ambiente do Brasil. Cada exemplar remanescente carrega a essência de um animal pequeno em tamanho, mas gigante em importância.
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