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Associação Nacional de Criadores-Herd-Book Collares está autorizada, desde janeiro, a receber registros da raça Marchigiana de origem italiana, na região de Marche
Criadores da raça Marchigiana já podem realizar registros de seus animais na Associação Nacional de Criadores-Herd-Book Collares (ANC). O regulamento que autoriza a entidade a incorporar a Marchigiana em seus livros foi aprovado em 17 de janeiro deste ano. A Marchigiana tem origem na Itália e está presente no Brasil desde 1965.
A superintendente de Registro Genealógico da ANC, Silvia Freitas, explica que a entidade possui um sistema que agiliza o processo dos criadores e que eles já recebem os certificados no formato PDF de maneira instantânea logo após fazer os seus comunicados.
“Visamos receber cada vez mais raças na ANC permitindo que as associações promocionais se dediquem mais às ações promocionais da raça, eventos, fomento ao registro genealógico ao melhoramento genético, organização de exposições enfim, e ao mesmo tempo a raça tem a segurança de estar com o seu arquivo físico e digital todo na ANC”, detalha. Silvia complementa que a ANC, em seus 119 anos, possui 39 raças em seus registros.
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A raça, introduzida no país pelo engenheiro agrônomo Ermanno Bonaspeti, quando realizou a primeira importação de sêmen da Itália, é predominante nas cidades de Macerata e Ancona, na região de Marche, por isso a denominação Marchigiana.
Possui como características uma pelagem clara, fina, muito semelhante ao Nelore. A pele é preta, vascularizada e oleosa, com grande capacidade de dissipação de calor e resistência aos ectoparasitas como carrapatos. É extremamente rústica e precoce e ganha rapidamente um bom peso com sensível diminuição da idade ao abate. Apresenta produtos de alto rendimento e boa qualidade de corte, com adequado acabamento de gordura de cobertura e permite o aproveitamento das fêmeas cruzadas também para engorda e abate, igualmente precoces.
Criador de Marchigiana há mais de 30 anos em São Paulo, Adauto Martínez Filho conta que a Associação Brasileira de Criadores de Marchigiana (ABCM) a qual preside, possui uma estrutura muito enxuta para manter os registros e as ações de fomento da raça. “A alternativa que visualizamos foi transferir a atividade de registros para uma entidade especializada, a ANC, que tem a expertise e a estrutura para realizar essa importante atividade. Acreditamos firmemente que essa parceria com a ANC representa uma nova era para a raça Marchigiana no Brasil e para nós que temos a Marchigiana no coração”, enfatiza o pecuarista.
O bovino marchigiano também é caracterizado por notável desenvolvimento dos músculos e do quarto traseiro, com um tronco alongado e que tende a ser cilíndrico. Tem grande comprimento de seu tronco, é harmonioso, ágil em seus movimentos e de temperamento dócil.
Os exemplares adultos podem superar o peso de 1.200 quilos nos touros e 700 quilos nas vacas com adequado acabamento de carcaça. Está presente, além do Brasil e seu país de origem, nos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Inglaterra e Holanda.
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