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Como de costume, os frigoríficos abriram a semana fora das compras, preocupação se volta para a baixa oferta de animais e as exportações!
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta segunda-feira, 17, como de costume. O mercado segue com tendência de mudança diante da oferta de animais para abate e os frigoríficos confirmam as informações de “falsa” posição confortável em suas escalas de abate. Preços vão retomar o patamar de R$ 320,00/@.
“No entanto é evidenciada menor capacidade de exercer pressão neste momento, sem relatos de negociações abaixo da referência nesta segunda-feira”, assinalou o consultor da Safras & Mercado. A dinâmica tende a mudar a partir do início da entressafra, avaliando um quadro de oferta mais enxuta neste período, aumentando a propensão de reajustes.
Segundo a Scot Consultoria, com poucas negociações nesta manhã de segunda-feira, o mercado abriu estável para todas as categorias destinadas ao abate, em relação à última sexta-feira (14/5). O boi, a vaca e novilha gordos estão apregoados, respectivamente, em R$306,00/@, R$284,00/@ e R$298,00/@, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 307,05@, na segunda-feira (17/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 287,65/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 293,11/@.
Já o Indicador do Cepea voltou a ter grande desvalorização, na casa de -3,76%, fazendo com que os preços tivessem um salto de R$ 307,00/@ para o patamar de R$ 303,20/@. Lembrando que o Indicador já atingiu o R$ 320,00 nos últimos 30 dias!
O ágio para os animais que atendem o padrão exportação, o Boi China, chegam a R$ 10,00/@ em relação ao boi comum. Conforme indicado pelo app, o mercado em Tangará da Serra/MT, teve negócios no valor de R$ 313,00/@ com o pagamento a prazo de 30 dias e abate para o dia 26 de maio.
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Da porteira para dentro, a oferta de boiadas gorda continua bastante enxuta, apesar do período final de safra.
Com isso, observa a IHS Markit, as expectativas para o segundo semestre são de patamares recordes para o boi gordo, conforme aponta o comportamento da arroba no mercado futuro, com os contratos com vencimento em outubro/21 (pico da entressafra) superando a casa dos R$ 330.
Na B3, o destaque do dia foi o contrato para julho/21, que fechou nos R$ 326,75/@, com variação positiva de 2,67%.
Com o cenário, especialistas indicam que a queda vista é resultado da antecipação da safra neste ano, somada com ao baixo poder de compra da população brasileira. Mas indicam que nas próximas semanas, o preço pode voltar a subir.
Os preços da arroba tendem a subir com a baixa oferta de animais e deve, no curto prazo, voltar ao patamar de R$ 320,00/@ nas praças paulistas, principalmente para os animais com destino a exportação!
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 304.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290 a arroba, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 301.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 a arroba, inalterados.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais baixos. Conforme Iglesias, a tendência é pela continuidade deste movimento, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,20 o quilo, assim como a ponta de agulha, ambos com recuo diário de 15 centavos.