Queijo Minas Artesanal é analisado pela Unesco como patrimônio cultural

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) analisa, em dezembro, 63 candidaturas para a lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade.

O Queijo Minas Artesanal, um dos símbolos da cultura gastronômica brasileira, está sob os holofotes internacionais. Ele integra a lista de 63 candidaturas que a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) está avaliando para o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A decisão será tomada durante a 18ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, que acontece entre 4 e 9 de dezembro de 2024, em Kasane, Botsuana.

O que significa ser Patrimônio Cultural Imaterial?

O título de Patrimônio Cultural Imaterial reconhece práticas, tradições e expressões culturais que são transmitidas de geração em geração e desempenham um papel fundamental na identidade de comunidades. Entre os elementos já reconhecidos estão expressões artísticas, saberes culinários, festividades e práticas sociais.

Para o Brasil, essa não é a primeira candidatura relevante. Elementos como o Frevo e a Roda de Capoeira já conquistaram o título. Agora, o Queijo Minas Artesanal busca se juntar a essa lista, reafirmando sua importância não apenas como um alimento, mas como um símbolo de história, tradição e identidade cultural.

O Queijo Minas Artesanal: uma tradição enraizada

Produzido há mais de 300 anos, o Queijo Minas Artesanal é uma marca registrada de Minas Gerais, especialmente em regiões como Serro, Canastra e Alto Paranaíba. Sua produção envolve técnicas tradicionais que utilizam leite cru, fermento natural e processos manuais, o que confere ao queijo sabores e texturas únicos.

O reconhecimento internacional pode trazer benefícios como:

  • Valorização cultural: maior visibilidade para as práticas e saberes envolvidos em sua produção.
  • Incentivo econômico: fortalecimento de mercados locais e aumento das exportações.
  • Preservação histórica: estímulo à continuidade das práticas tradicionais, protegendo-as da modernização excessiva ou do abandono.

Como funciona o processo de análise da Unesco?

As candidaturas passam por um rigoroso processo de avaliação, onde aspectos como relevância cultural, impacto nas comunidades e medidas de salvaguarda são analisados. No caso do Queijo Minas Artesanal, o Brasil aposta em sua rica história e na conexão única entre o modo de produção e a identidade mineira como trunfos.

Além do queijo brasileiro, a Unesco está analisando candidaturas de várias partes do mundo. Entre elas, estão práticas gastronômicas, danças, rituais e tradições de diversos países, reforçando a diversidade cultural global.

Expectativas e o impacto do reconhecimento

O possível título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pode colocar o Queijo Minas Artesanal no centro das atenções globais, atraindo turismo, investimentos e mais atenção à preservação de sua produção. Para produtores mineiros, o reconhecimento seria um marco histórico, destacando não apenas o valor gastronômico, mas também a riqueza cultural e humana por trás desse alimento.

Independentemente do resultado, o simples fato de estar entre as 63 candidaturas já é um grande passo para o Queijo Minas Artesanal, que reforça sua importância como um patrimônio cultural vivo e pulsante. O anúncio final será acompanhado com grande expectativa, tanto por produtores quanto por amantes da cultura e da gastronomia brasileira.

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