A escolha da melhor raça de gado de corte é o primeiro passo para alavancar a produção de carne.
A importância da produção de carne bovina na economia nacional vem crescendo nos últimos anos. A pecuária de corte movimenta quase R$ 750 bilhões por ano, o que representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Um rebanho de 187 milhões de cabeças ocupa um espaço limitado de 165 milhões de hectares de pasto; portanto, o crescimento do faturamento do setor depende, principalmente, do aumento da produtividade do gado de corte. Nesse sentido, a escolha da melhor genética é o primeiro passo para alavancar a produção de carne. Conheça as melhores raças de gado de corte para a pecuária brasileira.
Angus
De origem europeia, o boi Angus se adaptou ao clima brasileiro, sobretudo nas regiões mais frias. Esses animais têm fertilidade, facilidade de parto e longevidade boas, além de desenvolvimento precoce. A carne é suculenta e macia, conhecida pelo excelente marmoreio, o que garante um mercado amplo e qualificado.
Brahman
O gado de corte Brahman é indicado para a produção de carcaças para indústrias. Adaptados aos climas quentes e frios, esses animais podem ser cruzados facilmente com outras raças, como a Nelore, para elevar seu desempenho. As fêmeas se reproduzem até os 20 anos de idade. Além da pecuária de corte, essa raça é utilizada para a produção leiteira.
Brangus
Desenvolvido simultaneamente no Brasil, nos Estados Unidos, na Austrália e na Argentina, o Brangus é resultado do cruzamento das raças Brahman e Angus. Essa raça combina rusticidade com excelente marmorização da carne. Geralmente criado em confinamento devido à sua adaptação desafiadora ao clima tropical, o Brangus apresenta um ganho de peso elevado e um rendimento de carcaça que pode alcançar até 60%. Sua carne é altamente valorizada por boutiques.
Canchim
A raça Canchim é fruto de desenvolvimento científico que visou criar uma carne de qualidade adaptada às condições brasileiras, com maior precocidade, mantendo a rusticidade.
Guzerá
O Guzerá é uma raça zebuína cujos machos podem pesar até 950 quilos. Conhecidos pela alta fertilidade, esses animais são utilizados não apenas para o gado de corte, mas também para a criação de reprodutores. Eles são resilientes em períodos de seca, mantendo seu peso, e têm aptidão para a produção de leite.
Hereford
Caracterizada por sua fertilidade, rusticidade, longevidade e eficiência alimentar, a raça Hereford adapta-se facilmente a diferentes ambientes. Criada amplamente em várias regiões do mundo, o ciclo de engorda desses animais varia de 20 a 26 meses, destacando-se na indústria global da carne bovina.
Nelore
Os primeiros animais Nelore chegaram ao Brasil no final do século 18. Representando 80% da produção de carne brasileira, o boi Nelore, de origem indiana, adaptou-se às altas temperaturas do clima brasileiro e desenvolveu uma resistência natural a parasitas. Além de apresentar boa longevidade reprodutiva, sua carcaça é valorizada no mercado pela qualidade da carne, com um bom índice de gordura.
Senepol
Caracterizado por seu rápido crescimento e ciclo de engorda curto, o Senepol é ideal para criação de gado de corte. Essa raça transforma pasto em carne de forma eficiente, ficando pronta para o abate de maneira precoce. Os animais são rústicos, dóceis e adaptáveis ao calor e à umidade, demonstrando resistência.
Tabapuã
Resultado do cruzamento de diversas raças de beduínos, o Tabapuã é conhecido como o “Zebu brasileiro”. Dócil e com excelente rendimento, pode ser criado em confinamento para acelerar o ganho de peso. Sob condições ideais, o abate ocorre aos 30 meses de idade. Além do gado de corte, essa raça é adequada para a produção de leite.
Fonte: Canchim, Coinma, Boi Saúde, Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec)
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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