É o primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo; o valor do prêmio é de R$ 3,98 milhões e da franquia é de R$ 15 milhões.
Reconhecido em maio deste ano como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul conta agora com um seguro pecuário para casos de perdas no rebanho bovino por causa da doença. Anunciado como inédito no Brasil e no mundo, o mecanismo vai oferecer proteção aos 273 mil pecuaristas gaúchos e indenizar prejuízos de até R $ 315 milhões com quaisquer ocorrências no Estado.
Foi assinado no início da tarde desta segunda-feira (4/10), na sede da Farsul, o seguro do rebanho bovino gaúcho para caso de ocorrência de focos de febre aftosa. Trata-se do primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo, conforme o representante da seguradora Fairfax, Ricardo Sassi.
Segundo ele, o cálculo para o valor do seguro gaúcho levou em conta diversos fatores como o georreferenciamento de propriedades, e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária realizado no estado. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do produtor para comunicar qualquer suspeita de doença.
“O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha a tranquilidade necessária para agir com rapidez e chamar a autoridade sanitária para fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão Pereira.
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre as mudanças de cenário desde 2001, quando houve o último foco no estado. “É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos”.
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
- Nova CNH em 2025 só para carros automáticos? Entenda
- Mulheres no café: concurso Florada Premiada da 3 Corações exalta e premia produtoras
- Empresa de nutrição animal é interditada após suspeita de uso de inseticida proibido em suplemento para bois
Kerber pontuou também que o setor tem esse desafio, de conscientizar o produtor sobre a importância de notificação de suspeitas e de contro e de ingresso de pessoas e animais nas propriedades.
Com a assinatura do seguro, o produtor gaúcho está protegido para o caso de ocorrência de febre aftosa, com a necessidade de indenização por abate sanitário.
O valor do prêmio (que o Fundesa pagará anualmente à seguradora) é de R$ 3,98 milhões. Já a franquia é de R$ 15 milhões e o valor segurado, além da franquia é de R$ 300 milhões de reais.