De acordo com a Scot Consultoria, a entrada do milho safrinha no mercado deve fazer com que os preços do grão afrouxem no próximo mês.
O pecuarista deve esperar preços mais baixos do milho a partir de meados de junho, avaliou o analista Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, durante a live “Mercado Sem Rodeios: boi, leite e insumos em tempos de Covid-19”, promovida pela Scot na noite desta quarta-feira, 27. Ribeiro comenta que com a entrada da nova safra de milho no mercado, principalmente a de Mato Grosso, os preços do grão devem ceder.
Entretanto, ele chama a atenção para possíveis geadas em regiões produtoras do Sul do país, sobretudo no Paraná, que podem reduzir mais ainda a perspectiva de colheita do cereal. Rafael citou relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) desta semana, indicando o início dos trabalhos de retirada do grão no campo e a previsão de que a partir de junho os trabalhos de campo tomem ritmo.
Mato Grosso é o principal estado produtor do milho safrinha do país. De acordo com Imea, até o dia 22 de maio, 0,68% da área semeada no estado havia sido colhida, atraso de 0,6 ponto porcentual na comparação a igual período do ciclo passado, quando 1,28% do grão já havia sido ceifado.
“Este ligeiro atraso reflete a etapa inicial tardia da semeadura e as condições climáticas menos favoráveis apresentadas em algumas regiões de Mato Grosso”, disse o Imea no boletim.
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Para o analista da Scot, embora o relatório do Imea aponte o viés de manutenção de preços firmes, conforme avança a colheita da segunda safra no Brasil e aumenta a disponibilidade interna, no médio prazo os preços devem ficar mais fracos.
“Esta é uma oportunidade no médio prazo para a compra de insumos, uma janela para o pecuarista que vai se abrir mais para meados de julho”, finaliza Ribeiro.