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Mercado foi pressionado pelas projeções de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas e segue à espera de relatório do USDA.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em baixa consistente pela terceira sessão seguida.
Após tentar esboçar uma recuperação por compras de barganha, o mercado cedeu e os preços bateram nos menores níveis desde 2020.
À espera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta (12), o mercado foi pressionado pelas projeções de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas. Se consolida um quadro de ampla oferta nos Estados Unidos.
O mercado espera que o órgão corte as suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 445 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, a aposta é de 353 milhões de bushels. Em junho, a previsão do USDA era de 455 milhões e 350 milhões, respectivamente.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,416 bilhões de bushels para 2024/25. Em junho, o Departamento apontou safra de 4,450 bilhões de bushels.
A venda anunciada hoje pelos exportadores privados norte-americanos (132 mil toneladas) – a primeira para a China na temporada 2024/25 – decepcionou os agentes e adicionou pressão sobre as cotações, indicando que o foco dos compradores daquele país segue sendo o produto brasileiro.
Oferta e demanda
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 127,1 milhões de toneladas. Em junho, o número ficou em 127,9 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 110,9 milhões, abaixo dos 111,1 milhões indicados no mês passado.
Para a safra do Brasil em 2023/24, a aposta é de corte, passando dos atuais 153 milhões para 152,1 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser mantida em 50 milhões de toneladas.
Para esta quinta-feira (11), olhos ficam voltados para a atualização na estimativa para a safra brasileira em 2023/24. O número será divulgado às 9h pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Contratos futuros da soja
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Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 18,00 centavos de dólar, ou 1,59%, a US$ 11,13 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,67 por bushel, com perda de 13,00 centavos ou 1,20%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,30 ou 0,72% a US$ 316,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 45,58 centavos de dólar, com baixa de 0,73 centavo ou 1,57%.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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