Preço dos alimentos acumulam alta de quase 30% no mundo

O subíndice para cereais teve uma média de 169,5 pontos em abril, uma queda de 0,7 ponto (0,4%) em relação ao recorde alcançado em março (desde 1990)

O Índice de Preços de Alimentos medido pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) teve uma média de 158,5 pontos em abril de 2022, uma queda de 1,2 ponto (0,8%) em relação ao recorde alcançado em março, embora ainda 36,4 pontos (29,8%) acima do registrado no mês correspondente do ano passado. 

A queda se deu pelo recuo nos preços do óleo vegetal, juntamente com uma ligeira queda no subíndice de preços de cereais. Enquanto isso, os subíndices de preços de açúcar, carnes e lácteos mantiveram altas moderadas. 

O subíndice para cereais teve uma média de 169,5 pontos em abril, uma queda de 0,7 ponto (0,4%) em relação ao recorde alcançado em março (desde 1990). Segundo a FAO, a entrada da safra argentina de milho e a proximidade da safra de inverno no Brasil ajudaram na retração.

No caso dos óleos vegetais, o indicador ficou em 237,5 pontos em abril, com queda de pontos (5,7%) em relação ao recorde registrado em março. “A queda foi impulsionada pelos preços mundiais mais baixos dos óleos de palma, girassol e soja, que mais do que compensaram as cotações mais altas do óleo de canola”. Entretanto, a FAO ressalta que as incertezas sobre as exportações da Indonésia, o maior exportador mundial de óleo de palma, podem modificar o rumo dos preços dos óleos. 

Na ponta da alta em abril, o subíndice de lácteos teve o oitavo aumento mensal consecutivo, com média de 147,1 pontos em abril, alta de 1,3 ponto (0,9%) em relação a março. “Em abril, a tendência de alta dos preços dos produtos lácteos continuou, impulsionada pela persistente falta de oferta global, uma vez que a produção de leite na Europa Ocidental e Oceania continuou abaixo de seus níveis sazonais”, diz a FAO. 

O indicador para carnes teve média de 121,9 pontos em abril, um novo recorde, com alta de 2,7 pontos (2,2%) em relação a março. Todos as proteínas animais registraram alta, apoiadas no consumo forte, principalmente da China, e da menor oferta para abate de gado no Brasil.

Por fim, o subíndice para açúcar subiu pelo segundo mês consecutivo e atingiu a média de 121,8 pontos em abril, alta de 3,9 pontos (3,3%) em relação a março. 

Fonte: MilkPoint

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