
Final de safra com cara de entressafra e oferta de animais insuficiente para derrubar preços da arroba e exportação deve ajudar preço disparar novamente!
A semana foi marcado por valorização no preço da arroba, o que reflete uma mudança de cenário para a época em que era tida como maior oferta de boiada pronta no final de safra. Entretanto, o mercado de exportação segue aquecido e essa menor oferta de animais para abate, refletiram em uma valorização no preço da arroba. Veja o que esperar da semana!
“A oferta de animais terminados, prontos para o abate, se mostrou abaixo da média dos anos anteriores. Em relação à demanda, o destaque fica para a China, que segue comprando volumes muito expressivos de proteína animal brasileira, equilibrando a oferta em meio a uma mudança significativa nos hábitos de consumo diante da pandemia”, disse Iglesias, da consultoria Safras & Mercado.
Preços na Agrobrazil
Negócios informados no app da Agrobrazil, mostram uma evolução no preço da arroba, principalmente para animais com destino ao mercado de exportação.
O destaque do dia ficou para região de Pirapozinho/SP, onde o preço foi de R$210/@ com prazo de oito dias para pagamento e abate para o dia 10 de junho. Já em Santa Fé de Goiás/GO, pecuaristas aproveitaram para vender por R$ 195/@ à prazo e abate para o dia 08 de junho.
Comparativo dos preços refletem em momento de alta para arroba. Veja os preços:
- São Paulo (Capital) – R$ 199,00 a arroba, contra R$ 193,00 a arroba em 28 de maio;
- Goiás (Goiânia) – R$ 190,00 a arroba, ante R$ 185,00 a arroba (+2,7%).
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 195 a arroba, contra R$ 187,00 a arroba (+3,5%).
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 185,00 a arroba, ante R$ 178,00 a arroba (+3,9%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 175,00 a arroba, estável.
Fatores que devem disparar o preço da arroba
Na praça paulista, após uma semana de forte valorização da arroba do boi gordo, o tom foi de estabilidade nessa sexta-feira (5/6), mas, com um viés de alta para a semana seguinte.
A pouca disponibilidade de boiada terminada, associada à necessidade das indústrias em compor as escalas de abate e o feriado no próximo dia 11/6 (Corpus Christi), que diminui os dias da semana para compra de gado, além de uma possível melhora na demanda por carne bovina, contribuem para esse movimento.
Os frigoríficos estão otimistas com a reabertura da economia em alguns estados, particularmente em São Paulo, maior centro consumidor de carne bovina do país. Além da demanda chinesa aquecida!
- Menor demanda de animais prontos para abate;
- Demanda externa aquecida;
- Retenção de fêmeas nas propriedades, devido preço da reposição;
- Flexibilização de alguns estados quanto ao isolamento social;
- Pagamento dos salários, deixando o consumidor mais capitalizado;
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Demanda chinesa
Ao longo desta semana, houve relatos de que os importadores chineses tentavam renegociar os valores pagos pela carne brasileira diante da queda do dólar, relata a FNP. No entanto, mesmo assim, os frigoríficos exportadores ainda registram margens de vendas bastantes atrativas, tanto pelo atual patamar do dólar (ainda acima de R$ 5) quanto pelos preços da carne no mercado internacional.
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Retenção de fêmeas e falta de machos
Na maioria das praças pecuárias brasileiras, o boi gordo abriu junho com preços em alta, sustentados principalmente pela baixa oferta de gado terminado no País. Mesmo com o avanço do tempo seco e frio no Brasil, relata a FNP, os pecuaristas não dispõem de grande quantidade de animais prontos para ofertar.
Além disso, continua a consultoria, os produtores buscam maneiras de segurar mais os lotes de fêmeas nas fazendas, visando a reposição do rebanho frente aos altos custos com o gado magro. Esses dois fatores, além do aquecimento das exportações, têm complicado a vida dos frigoríficos, que têm dificuldade para comprara a matéria prima e, com isso, acabam oferecendo valores mais altos pela boiada disponível e, assim, conseguir cumprir os compromissos de abate, acrescenta a FNP.